Um professor como motivador ou castrador da curiosidade: análise da própria prática

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Cruz, Fábio da Silva
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/81/81131/tde-29112024-132057/
Resumo: Este trabalho de pesquisa se construiu a partir das reflexões de um professor de Física que ao analisar sua prática em sala de aula reconheceu a diminuição da curiosidade dos seus estudantes. Os questionamentos de alguns deles, de anos diferentes da Educação Básica, sobre os conteúdos ensinados nas aulas de Física e sobre a explicação de fenômenos cotidianos, se tornaram delineadores dos caminhos percorridos na pesquisa. Por meio dela o professor buscou compreender como fazer (ou não) a sustentação da curiosidade de seus alunos e, para isto, suas investigações incluíram entender quem são os alunos adolescentes, qual o papel da escola na manutenção da curiosidade e qual é a curiosidade que gera a aprendizagem, a saber, a curiosidade epistemológica. A filosofia educacional de Paulo Freire constitui se como principal fundamentação teórica da investigação, particularmente, sua epistemologia de conhecimento fundamentada na curiosidade. A partir dela foi possível construir descritores e indicadores de curiosidade epistemológica que foram utilizados como elementos da análise dos dados. Os dados foram obtidos por meio da gravação de aulas do professor pesquisador e de outros registros da sua prática, amparados nos referenciais metodológicos da pesquisa sobre a própria prática e da memória educativa. Ao analisar os dados foi possível identificarmos quais ações (aluno, professor e instituição escolar) se constituíram como sendo castradoras ou mantenedoras da curiosidade epistemológica.