Casuística das alterações anatomopatológicas hepáticas em cães do SOVET-Patologia/UFPel

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Maggi, Vitória Baierle
Orientador(a): Grecco, Fabiane Borelli
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Veterinária
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/handle/prefix/11856
Resumo: As doenças hepáticas, ou hepatopatias, podem ser primárias do fígado, ou secundárias devido a dupla circulação do órgão favorecendo o contato com substâncias e agentes carreados pela corrente sanguínea. As hepatopatias geralmente são acompanhadas por evidências de necrose, apoptose de hepatócitos, infiltrado mononuclear variável ou células inflamatórias mistas além de graus variados de proliferação ductular e fibrose. O presente estudo teve como objetivo apresentar as alterações anatomopatológicas do tecido hepático de cães através de amostras analisadas no Serviço de Oncologia Veterinária da Universidade Federal de Pelotas (SOVET-UFPel) no período entre 2019 e 2022. Foram revisados de forma retrospectiva e prospectiva os protocolos de encaminhamento de materiais provenientes de necropsias e biopsias de cães enviados para diagnóstico, dos quais foram extraídos os diagnósticos de alterações hepáticas e os dados referentes a sexo, raça e idade. Essa dissertação consiste em três artigos; o primeiro sobre casuística das alterações anatomopatológicas hepáticas em cães encontradas no período, onde as alterações foram classificadas em primárias e secundárias e quanto a etiologia/distúrbio foram subdividas em congênitas, degenerativas ou necróticas, circulatórias, inflamatórias, fibróticas e neoplásicas. De um total de 1395 casos diagnosticados no período, 61 foram de alterações hepáticas, dos quais 41 foram diagnosticados por necropsias e 20 por biópsias e as alterações necróticas e degenerativas foram as mais prevalentes em ambas. O segundo artigo relata um desvio portossistêmico extra-hepático com displasia microvascular hepática, em um cão da raça Boxer, fêmea de aproximadamente um ano de idade, confirmado por meio de necropsia, onde foi possível visualizar as lesões macroscópicas compatíveis com shunt. O terceiro artigo discute a anatomia patológica da hepatite associada ao cobre com padrão de distribuição acinar difusa, em três cães. As alterações microscópicas dos hepatócitos e em alguns canalículos biliares consistiam de pigmento castanho amarelado ou avermelhado refringente dispostos de forma difusa evidenciando a presença do cobre intracitoplasmático. Estudos anatomopatológicos geram muitas informações úteis e auxiliam para compreensão da patogenia de inúmeras doenças. Estar ciente da casuística local é uma forma de estar atento aos diagnósticos diferenciais mais prevalentes.