Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
Bezerra, Giovana Cristina de Campos |
Orientador(a): |
Lebedeff, Tatiana Bolivar |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Letras
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/handle/prefix/9873
|
Resumo: |
A presente dissertação visou compreender e discutir a produção da escrita acadêmica de mestrandos e doutorandos surdos, usuários de Libras como L1. Para esses acadêmicos, o português é considerado uma segunda língua em uma segunda modalidade, ou seja, L2M2. Para esta investigação, a metodologia escolhida foi a qualitativa, tendo como objetivo principal compreender as estratégias de escrita acadêmica produzidas por estudantes de pós- graduação. Foram entrevistados três mestres e três doutores surdos, docentes de Instituições de Ensino Superior. As entrevistas foram realizadas por videoconferência em Libras e, posteriormente, foram transcritas para a língua portuguesa. Os dados foram agrupados em quatro categorias: 1) a presença do TILS no Programa de Pós-Graduação; 2) a experiência com o orientador; 3) o papel da escola; e 4) o processo de produção da escrita. Os entrevistados evidenciaram, em seus relatos, a dificuldade de garantias de direito linguístico nos Programas de Pós-Graduação, tendo em vista que precisam pagar os Tradutores Intérpretes de Libras para que tenham suas produções acadêmicas traduzidas e revisadas, tendo em vista que os Intérpretes estão disponíveis apenas nos momentos de aula. Além disso, relatam a fragilidade do ensino de Português nas escolas, que não os preparam no Letramento Acadêmico. Compreendeu-se que uma das principais estratégias de produção de texto acadêmico é via produção de vídeos, seja para organizar as ideias, de modo particular, seja para comunicação com a Tradutora e Intérprete de Libras. Referem como positivo o fato de a língua de sinais e a cultura surda estarem presentes no ambiente acadêmico. Os dados permitem compreender a necessidade de qualificar o ensino de português nas escolas bilíngues para surdos e de ampliar os tempos de atuação dos Tradutores e Intérpretes de Libras na pós-graduação. |