Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Bastos, Caroline Peixoto |
Orientador(a): |
Silva, Wladimir Padilha da |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Ciência e Tecnologia de Alimentos
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Departamento: |
Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/5938
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Resumo: |
Staphylococcus aureus (S. aureus) é, entre as bactérias do gênero Staphylococcus, a espécie mais relacionada a casos e/ou surtos de intoxicação alimentar, os quais são causados pelas enterotoxinas estafilocócicas (EE). Estas bactérias podem ser facilmente encontradas em alimentos de origem animal. Das 22 EE descritas na literatura, aproximadamente 95% dos surtos de intoxicação alimentar estão associados às EE clássicas (EEA, EEB, EEC, EED e EEE). Sendo assim, este trabalho teve como objetivos verificar a presença e os níveis de expressão dos genes das EE clássicas em 13 S. aureus provenientes de diferentes surtos de intoxicação estafilocócica ocorridos no estado do Rio Grande do Sul (RS), e em S. aureus isolados de carcaça de frango no sul do Brasil, por PCR e por PCR em tempo Real (qPCR). Além disso, avaliou-se os efeitos da temperatura (8ºC e 12ºC) e da concentração salina (2,5% NaCl) sobre os níveis de expressão transcricional dos genes das EE clássicas em S. aureus através da análise do mRNA. Observou-se que, com exceção de dois isolados provenientes dos surtos, os demais apresentaram expressão transcricional igual ou maior que a das cepas padrão, para, pelo menos, um dos genes das enterotoxinas clássicas. Além disso, observou-se que quatro isolados expressaram genes de uma enterotoxina, enquanto os demais apresentaram expressão dos genes de, no mínimo, duas enterotoxinas. Embora não se tenha informação a respeito de qual enterotoxina causou a intoxicação alimentar nos surtos avaliados, a prevalência das EE clássicas, associada aos elevados níveis de expressão transcricional encontrados, demonstram que uma ou mais EE clássicas causaram os surtos de intoxicação alimentar nos quais os isolados de S. aureus foram obtidos. Doze isolados de S. aureus provenientes de carcaças de frango portavam os genes dessas EE, sendo que em apenas cinco observou-se sua expressão transcricional. Nos cinco isolados houve expressão de mais de um gene de EE, demonstrando seu potencial toxigênico. Estes cinco isolados e as cepas padrão foram submetidos a quatro tratamentos: 1) nas condições ideais de multiplicação de S. aureus; 2) em concentração salina de 2,5% de NaCl; 3) com incubação em temperatura de12°C e; 4) com incubação em temperatura de 8°C. A concentração salina e as baixas temperaturas interferem na expressão dos genes das EE clássicas, diminuindo seus valores, entretanto, mesmo em concentração salina de 2,5% e em temperatura de 12ºC os isolados expressaram os genes de EE clássicas, demonstrando seu potencial toxigênico. Temperaturas de 8ºC mostraram-se mais eficientes no controle da expressão gênica das EE clássicas de S. aureus. |