Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
Gerzson, Mariana Freire Barbieri |
Orientador(a): |
Stefanello, Francieli Moro |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pelotas
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-Graduação em Bioquímica e Bioprospecção
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Área do conhecimento CNPq: |
|
Link de acesso: |
http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/handle/prefix/10500
|
Resumo: |
A Doença de Alzheimer (DA) é uma doença neurodegenerativa isenta de uma farmacoterapia capaz de reverter o processo neurodegenerativo uma vez instalado. Nesse sentido o uso de estratégias preventivas torna-se relevante. Alguns compostos polifenólicos já demonstraram influenciar positivamente a patologia da DA, sendo assim, o objetivo deste estudo foi investigar a capacidade do ácido tânico (AT) em prevenir déficits de memória e alterações neuroquímicas induzidas pela administração intracerebroventricular (icv) de estreptozotocina (STZ) em um modelo de Demência Esporádica do Tipo Alzheimer (SDAT) em ratos. Ratos machos Wistar com 60 dias foram divididos em quarto grupos: controle, AT, STZ e AT+STZ. Os animais dos grupos AT e AT+STZ foram tratados por gavagem com AT (30 mg/kg) por 21 dias, enquanto os outros grupos receberam veículo (água). No 22º dia os animais foram submetidos à cirurgia estereotáxica. Os grupos STZ e AT+STZ receberam uma injeção icv bilateral de STZ (3 mg/kg) e os outros grupos receberam veículo (tampão citrato). Após a recuperação da cirurgia, o tratamento por via oral foi reestabelecido e os animais foram avaliados nos testes comportamentais: labirinto em Y, reconhecimento de objetos e esquiva inibitória. Após, os animais foram eutanasiados por decapitação, o córtex cerebral e hipocampo foram utilizados para as análises bioquímicas, histológicas e moleculares. A STZ induziu prejuízo no aprendizado e na memória nos testes de reconhecimento de objetos, labirinto em Y e esquiva inibitória; no entanto, o tratamento com AT foi capaz de prevenir esses efeitos. No córtex cerebral e no hipocampo, STZ induziu um aumento na atividade da acetilcolinesterase, reduziu a atividade da Na+, K+ -ATPase e induziu estresse oxidativo aumentando as substâncias reativas ao ácido tiobarbitúrico, nitritos e espécies reativas de oxigênio e reduzindo a atividade de enzimas antioxidantes, enquanto o tratamento com AT foi capaz de prevenir a maioria dessas alterações neuroquímicas. Sobrevivência neuronal, neuroinflamação, expressão do marcador de neurodegeneração SNAP-25 e modulação da via de sinalização PI3K-Akt foram avaliados no córtex cerebral. A STZ promoveu aumento na morte neuronal e nos níveis de citocinas pró-inflamatórias (IL-6 e TNF-α), além de uma diminuição na sinalização PI3K-Akt; o AT foi efetivo em prevenir essas mudanças. Tanto a STZ quanto o AT não alteraram a expressão de SNAP-25 nem os níveis de IL-12 e IL-4 no córtex cerebral. Em conclusão, o AT preveniu déficit de memória, alterações nas atividades de enzimas cerebrais, dano oxidativo, alteração na sinalização PI3K-Akt e protegeu contra a morte neuronal e neuroinflamação em SDAT induzido por STZ em ratos, demonstrando ser um potencial agente terapêutico na prevenção da Doença Esporádica de Alzheimer. |