Investigação da atividade antiglioma do ácido tânico: estudos in vitro e pré-clínico

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Bona, Natália Pontes
Orientador(a): Stefanello, Francieli Moro
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Bioquímica e Bioprospecção
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/xmlui/handle/prefix/11555
Resumo: O câncer é um conjunto de doenças que apresentam um crescimento celular desordenado invadindo tecidos e órgãos, e assim possibilitam a migração de células para outras regiões do corpo. Dentre os diversos tipos de cânceres está o glioblastoma (GBM), tumor mais comum e agressivo que acomete o Sistema Nervoso Central (SNC), cujo tratamento é multimodal sendo realizada cirurgia seguida de radioterapia e quimioterapia com temozolomida (TMZ). Considerando que o GBM apresenta uma alta capacidade infiltrativa, elevada taxa de proliferação e quimiorresistência ao TMZ, é necessária a busca por novas alternativas terapêuticas para um melhor prognóstico dos pacientes. O ácido tânico (AT) é um polifenol com atividade antioxidante, antimicrobiana e antiproliferativa. Neste trabalho avaliamos in vitro a atividade antitumoral e antioxidante do AT frente a células de GBM e sua citotoxicidade em relação a cultura primária de astrócitos. As células foram expostas a diferentes concentrações de AT (6,25 a 75 μM) durante 24, 48 e/ou 72 h. Além disso foram avaliadas a formação de colônias, migração e adesão celular, tipo de morte e o ciclo celular. Posteriormente, a ação do AT foi determinada em um modelo pré-clínico de GBM. Nesse protocolo, após implantação intracerebroventricular de células de GBM (C6), ratos Wistar receberam uma dose de 50 mg/kg/dia de AT, pela via intragástrica, durante 15 dias. Nossos resultados demonstraram que o AT apresentou uma importante ação antiglioma in vitro, induzindo morte celular por apoptose e parada do ciclo celular, reduzindo a formação e o tamanho das colônias, a migração e adesão celular, além de demonstrar um efeito antioxidante. Já no efeito antiglioma in vivo, pode-se observar que o AT diminuiu o volume do tumor em 55% acompanhado de um umento na área de necrose intratumoral e infiltração de linfócitos, sem causar danos sistêmicos. Assim, o AT pode ser considerado um promissor agente na terapêutica para o GBM.