Caracterização de biótipos de Lolium multiflorum Lam. resistentes a herbicidas inibidores da enzima acetolactato sintase (ALS)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2014
Autor(a) principal: Mariani, Franciele
Orientador(a): Vargas, Leandro
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pelotas
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Fitossanidade
Departamento: Faculdade de Agronomia Eliseu Maciel
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: http://guaiaca.ufpel.edu.br/handle/prefix/8682
Resumo: A pressão de seleção imposta pelo uso intensivo de herbicidas inibidores da enzima ALS tem selecionado biótipos de azevém resistentes. A caracterização desses biótipos é imprescindível para estabelecer estratégias de manejo que evitem a disseminação da resistência. Dessa forma, estudos foram conduzidos com o objetivo de avaliar o nível de resistência; identificar herbicidas alternativos para o controle dos biótipos resistentes; avaliar as características cinéticas in vitro da enzima ALS; avaliar a velocidade de absorção e metabolização do herbicida iodosulfurom em biótipos de azevém resistentes e suscetíveis ao herbicida; identificar e comparar valores adaptativos dos biótipos de azevém resistentes e suscetíveis ao herbicida iodosulfurom; avaliar a habilidade competitiva de biótipos de azevém resistente ou suscetível com a cultura do trigo; e, identificar o tipo de herança, número de genes envolvidos e o grau de resistência dos biótipos de azevém. Os estudos foram conduzidos com biótipos oriundos do Brasil (Col e Joi) e EUA (NC e AR). De acordo com os resultados, os biótipos Joi e Col são controlados e reduzem 50% da matéria seca com doses do herbicida entre 6-10 vezes maiores comparado com o biótipo suscetível. O biótipo Col é controlado alternativamente, em pós emergência, com os herbicidas glifosato e cletodim, e o biótipo Joi, apenas com o cletodim. Em préemergência, todos os herbicidas testados são alternativas para o controle dos biótipos resistentes (Joi e Col). O mecanismo de resistência dos biótipos Joi e Col não decorre do metabolismo pelas isoenzimas P450. A resistência dos biótipos NC e AR decorre da insensibilidade da enzima ao herbicida iodosulfurom, e o rápido metabolismo nos biótipos resistentes pode ser outro mecanismo de resistência. Os biótipos de azevém resistente (Joi) ou suscetível, em geral, possuem similar valor adaptativo. A cultura do trigo apresenta maior habilidade competitiva em relação aos biótipos de azevém resistente (Joi) ou suscetível. Para o biótipo de azevém resistente (Joi) a competição interespecífica é prejudicial. A resistência do biótipo de azevém Joi é codificada por gene dominante nuclear, e o biótipo heterozigoto não é controlado com a dose de registro do herbicida iodosulfurom.