Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2019 |
Autor(a) principal: |
BARRETO FILHO, Ricardo Rios |
Orientador(a): |
BARROS, Kazue Saito Monteiro de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Letras
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/32958
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Resumo: |
O uso crescente e emergente dos sites de redes sociais no Brasil faz com que surjam questões acerca do funcionamento da linguagem nessas plataformas on-line. Diante deste quadro, este trabalho tem particular interesse em investigar a (im)polidez em discussões públicas no Facebook, a plataforma de redes sociais da internet mais utilizada no Brasil (BRASIL 2015, 2016). No contexto desta pesquisa, a (im)polidez é aqui definida como o estudo das avaliações dos comportamentos em relação à sua adequabilidade social (EELEN, 2001; WATTS, 2003; SPENCER-OATEY, 2005), o que engloba fenômenos como a polidez – mobilização da linguagem para evitar conflitos – e impolidez – uso da linguagem para causar ofensa. Em vista do exposto, o objetivo geral dessa pesquisa é descrever o funcionamento e configuração da (im)polidez em discussões públicas no Facebook. Para tanto, foram selecionados, dentro de um corpus expandido de 50 textos, um total de 20 textos públicos, on--line, do Facebook para compor a amostra aqui analisada. Todos os dados são discussões de temas públicos, na sua maioria sobre política, e são compostos por 80 comentários, 263 réplicas e a participação de 126 usuários, entre autores de postagens e comentadores. A amostragem foi analisada por meio de uma abordagem qualitativa-interpretativista, a qual se dedicou a analisar as avaliações de (im)polidez, por meio da análise das reações visíveis dos participantes, bem como uma análise numérica das marcas de (im)polidez, a qual ofereceu uma visão geral das escolhas linguísticas presentes nos dados. Além disso, em relação à fundamentação teórica, foram usadas abordagens discursivas e pragmáticas da (im)polidez e suas relações com os conceitos de Ideologia, Identidades, Interação On-line e a Sociolinguística Interacional. Os principais resultados da pesquisa apontaram para a existência de três alinhamentos em relação à (im)polidez, a saber: agressão, preservação e ridicularização. A descrição desses juntamente com as análises das marcas de (im)polidez presentes nos dados da amostra sustentam o resultado geral de que, em discussões públicas no Facebook, em relação à impolidez, há mais ataques às identidades do que às faces individuais dos interlocutores, e, em relação à polidez, quando ela ocorre, há preservação das faces individuais dos interactantes. Desse modo, em outras palavras, é mais comum atacar grupos e preservar pessoas, em discussões públicas no Facebook. |