Rotinas e sociomaterialidade em contexto de trabalho remoto

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: COSTA JÚNIOR, Júlio César da
Orientador(a): JERÔNIMO, Taciana de Barros
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Administracao
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/49480
Resumo: Nossa tese investiga a influência dos artefatos tecnológicos sobre a performação de rotinas em contexto de trabalho remoto. Enquanto práticas sociais, rotinas são performadas, ou seja, resultam da execução de um padrão de ações por pessoas e artefatos, individual ou coletivamente. Dessa forma, as rotinas permitem analisar, em um nível micro, o organizing a partir de um enfoque na ação situada dos agentes, humanos e não humanos, envolvidos em sua execução. Especificamente, a tecnologia e seus efeitos fomentam importantes questões para se estudar o papel dos artefatos e da materialidade inerente às rotinas; principalmente no contexto de imperativo isolamento social devido à pandemia da COVID-19. Nossa pesquisa partiu de uma abordagem qualitativa, natureza aplicada e foi executada por meio de estudo de caso realizado com professores do Departamento de Ciências Administrativas da Universidade Federal de Pernambuco. A coleta de dados, que foi guiada por protocolo sujeito a validação prévia por pares, ocorreu por meio de entrevistas, análise de documentos e relato da experiência. Ao todo, entrevistamos 24 professores e analisamos 29 documentos entre planos de ensino, resoluções e normativas da instituição. Como contribuições avançamos no processo de teorização sobre a dinâmica de rotinas ao propor novo modelo quanto a dinâmica de seus componentes internos. Também identificamos que artefatos possuem um senso de propósito que lhes é próprio e que esse papel emerge dinamicamente a partir de sua interação com outros agentes, humanos e não humanos, no decurso de uma rotina. Finalmente, também concluímos que o organizing pode ser compreendido como uma criação conjunta resultante da relação de influência mútua entre pessoas e artefatos.