[pt] A AÇÃO DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO NAS ROTINAS ORGANIZACIONAIS E NAS COMPETÊNCIAS COLETIVAS: ESTUDO DE CASO DE UMA INSTITUIÇÃO PÚBLICA FEDERAL DE ENSINO

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: EMERSON AUGUSTO PRIAMO MORAES
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: MAXWELL
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=36251&idi=1
https://www.maxwell.vrac.puc-rio.br/colecao.php?strSecao=resultado&nrSeq=36251&idi=2
http://doi.org/10.17771/PUCRio.acad.36251
Resumo: [pt] As rotinas organizacionais constituem um elemento central nas organizações; uma grande parte do trabalho é realizada por meio de rotinas (FELDMAN, 2000). As rotinas impactam na performance das organizações, e são uma importante fonte de mudança endógena (CACCIATORI, 2012). Uma série de artefatos podem ser associados às rotinas organizacionais. Muitos desses artefatos são denominados artefatos tecnológicos, e estão relacionados à tecnologia da informação, como os sistemas ERP s (Entreprise Resource Planning) (D ADDERIO, 2003). As rotinas organizacionais podem ser estudadas por meio de seus aspectos ostensivos (padrões abstratos), performativos (ações específicas) e artefatos (manifestações físicas das rotinas) (PENTLAND e FELDMAN, 2005). O papel da tecnologia também pode ser percebido na construção e no desenvolvimento das competências coletivas, por meio da aprendizagem e interações dentro das comunidades de prática (HSIAO et al., 2006), ou pela transferência das competências na gestão da mudança tecnológica (BARBAROUX e GODÉ, 2012). Retour e Krohmer (2006) oferecem uma proposta para o estudo das competências coletivas, por meio da articulação entre quatro atributos constituintes (referencial comum, linguagem compartilhada, memória coletiva e engajamento subjetivo). Outros trabalhos trazem a dentificação das competências coletivas por meio destes atributos (PAUVERS e BIENFAIT, 2011; COLIN e GRASSER, 2011), mas não se relacionam à ação direta ou indireta do componente tecnológico. Este estudo tem como objetivo investigar, a influência de um artefato tecnológico sobre as rotinas organizacionais e em decorrência, sobre os atributos das competências coletivas da organização. Com isso, tem-se a pergunta de investigação: como a inserção de um artefato tecnológico pode (re)configurar as rotinas organizacionais e por consequência impactar os atributos das competências coletivas em uma organização.? A proposta metodológica consiste em um estudo de caso (YIN, 2010), baseado em uma instituição pública federal de ensino. Trata-se de uma organização complexa, regulamentada, distribuída e com uma formação histórica heterogênea de suas unidades, e que passa por um momento único, com a implantação de um artefato tecnológico de grande porte (denominado Projeto Conecta), ocasionando mudanças em toda estrutura organizacional. A pesquisa foi realizada a partir de 25 entrevistas semiestruturadas, obtidas em cinco unidades da instituição, localizadas em quatro diferentes cidades em Minas Gerais no período de março a maio de 2016. A delimitação foi dada a partir de um projeto de implantação de um novo artefato tecnológico, abrangendo toda a instituição. Os dados foram analisados sob uma abordagem qualitativa, interpretativa, com a técnica de análise de conteúdo (BARDIN, 1977). Os resultados evidenciaram não somente uma modificação, mas também uma ressignificação das rotinas a partir da inserção do novo artefato tecnológico. Essa ressignificação das rotinas também trouxe impactos em níveis diferentes para cada atributo das competências coletivas, sugerindo também uma possível ressignificação destas competências. As relações entre os elementos analisados configuram um mapa conceitual, construído a partir das seguintes categorias gerais: descrição das rotinas do estudo, normatização das rotinas, artefato na ação das rotinas, reconfiguração das rotinas pelo artefato, ação das rotinas no referencial comum, ação das rotinas na linguagem compartilhada, ação das rotinas na memória coletiva, ação das rotinas no engajamento subjetivo.