Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2008 |
Autor(a) principal: |
Mendonça de Lima, Luciano |
Orientador(a): |
Jay Hoffnagel, Marc |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/7205
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Resumo: |
O objetivo desta pesquisa é entender a dinâmica da escravidão num município periférico no contexto do Império brasileiro, priorizando o processo de formação de uma cultura de resistência escrava ao longo do século XIX. Situado no agreste paraibano, o antigo município de Campina Grande teve na instituição do cativeiro de africanos e seus descendentes uma de suas características mais marcantes, não obstante o silêncio estabelecido pela maior parte dos autores que trataram do assunto. Partindo do questionamento dessa lacuna histórica e ideológica, visamos reconstituir tópicos tais como o ambiente social, econômico e político em que os cativos campinenses construíram a sua experiência; os traços demográficos da escravidão em âmbito local, com especial destaque para o precoce crioulização de sua escravaria; o processo de trabalho em sua dimensão cotidiana; a importância do parentesco consangüíneo e espiritual no processo de formação de uma comunidade escrava de interesses; as variadas estratégias de lutas da escravaria local por dignidade e liberdade, expressas na criminalidade, no movimento de fugas e nos embates jurídicos com seus senhores, que foram atos propiciadores de um substrato político e cultural fundamental para a construção de uma identidade escrava forjada no tempo. Para atingir tal fim, lançamos mão de um corpus documental constituído de três séries principais, a saber: Inventários post-mortem; Processos criminais e Ações cíveis de liberdade e escravidão. Além disso, a pesquisa foi complementada com fontes variadas, a exemplo dos Relatórios de presidentes da província da Paraíba; Livros de Notas; Livros de assentos de batismos, casamentos e óbitos; Jornais; Listas de matrícula de escravos do município; Censos populacionais; Correspondências oficiais entre autoridades locais, regionais e nacionais. Em termos de perspectivas teóricas, metodológicas e historiográficas, nos ancoramos nos ensinamentos da história social inglesa, nos procedimentos de investigação da micro-história italiana e, especialmente, na rica e diversificada tradição de estudos sobre o escravismo em nosso país |