Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
SOUZA, Bianca Nogueira da Silva |
Orientador(a): |
TEIXEIRA, Flávio Weinstein |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Historia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/19071
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Resumo: |
O Movimento brasileiro de Alfabetização – Mobral – é um produto do governo militar em toda sua extensão (1964-1985). Como tal ele carrega as credenciais de quem o gerou, nutriu e pôs em vigência. Ao longo de sua existência o Mobral perseguiu o ideal de “erradicar o analfabetismo no país” à medida que, com suas práticas, buscava conferir graus crescentes de legitimidade a um regime de exceção. Este trabalho pretende pôr em discussão interesses, alcances, fragilidades e a herança histórica deixada pelo Mobral para os anais da educação brasileira. Para isso analisei-o tanto em seus aspectos materiais quanto humanos dentro da estrutura do governo, a partir de cartas escritas por alunos e alfabetizadores, jornais didáticos e outros periódicos de circulação geral, cartilhas de alfabetização e entrevistas com personagens que compuseram este cenário. Com base nessas fontes pude criar, como faz um artesão com seus retalhos, um mosaico da história da educação popular no Brasil entre as décadas de 1970 e 1980. Os resultados encontrados pela pesquisa apontam para uma ressignificação do Mobral enquanto projeto pedagógico e ideológico ao longo do tempo: de sinônimo de alfabetização e desenvolvimento humano a sigla passou a termo pejorativo, sendo associada à ignorância e ao analfabetismo. A mudança no tom e no sentido carrega ainda como consequência o questionamento moral e político do governo militar e seus feitos no campo educacional. |