Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2022 |
Autor(a) principal: |
ALVES, José Maxsuel Lourenço |
Orientador(a): |
GUIMARÃES NETO, Regina Beatriz |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Historia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/46211
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Resumo: |
Esta tese estuda as apropriações da cultura popular realizadas pelo Movimento Brasileiro de Alfabetização, em sua estratégia de produção da adesão, do consenso, consentimento e legitimidade da ditadura militar, com decisivo apoio civil, na Paraíba. Para isso, esta pesquisa realiza o gesto diacrônico de estudar o Mobral na constelação de forças que teceram o seu fazer- se, sua invenção, seus deslocamentos e estratégias de manutenção e sobrevivência. Criado no intuito de alfabetizar adultos, dentro da lógica governamental do “milagre brasileiro” e da integração nacional, o Mobral emerge em um conjunto amplo de iniciativas que, num duplo jogo, articula o pobre através do oferecimento de um aspecto central da cidadania – a alfabetização- e o engaja no projeto civilizatório da ditadura. O objetivo deste trabalho é compreender como esta instituição tornou-se possível, bem como as relações que foram estabelecidas por ele, na elaboração de uma rede de relações que procurava unir as pessoas de todo o país ao Mobral Central, criando um conjunto de práticas que visava o engajamento constante da população. Entre tais práticas destacaram-se aquelas que, ao longo do século XX, foram classificadas como cultura popular e folclore, e foram amalgamadas com dispositivos da cultura letrada como programas de rádio e livros pelo programa Mobral Cultural. Na construção desta tese utilizo como metodologia a análise do discurso governamental e de várias instituições e, como fontes: periódicos, revistas, correspondências de professoras ao Mobral Central e de ouvintes ao programa radiofônico Domingo Mobral, relatórios, leis, diários do Congresso Nacional e relatos orais de memória. |