Caracterização faciológica, petrográfica e diagenética das Sequências basais das bacias do Parnaíba, Araripe, São José do Belmonte e Lavras da Mangabeira: contribuição às possíveis correlações dos arenitos basais e suas implicações geotectônicas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2015
Autor(a) principal: BATISTA, Zenilda Vieira
Orientador(a): VIEIRA, Marcela Marques
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Geociencias
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/15648
Resumo: Este trabalho analisa as sequências basais das bacias do Parnaíba, Araripe, São José do Belmonte e Lavras da Mangabeira, representadas pelas formações Ipu, Jaicós, Cariri, Tacaratu e Iborepi, as quais são constituídas por rochas siliciclásticas, predominantemente arenosas e conglomeráticas. Este trabalho teve como objetivo comparar e correlacionar estas rochas. A abordagem utilizada neste estudo baseou-se em dados faciológicos, petrológicos e petrográficos, assinaturas geoquímica semiqualitativa e quantitativa, dados de proveniência e de minerais pesados. Foram identificadas sete fácies e dez litofácies na Formação Ipu; seis fácies e seis litofácies na Formação Jaicós; doze fácies e doze litofácies na Formação Cariri; três fácies e cinco litofácies na Formação Tacaratu; e duas fácies e três litofácies na Formação Iborepi. Estes depósitos são interpretados como sendo originados por sistemas de leques aluviais, fluviais entrelaçados e glaciais. Análises petrográficas e diagenéticas permitiram caracterizar textural e mineralogicamente os arenitos estudados, identificar as fases diagenéticas, assim como, fazer inferências sobre a proveniência dos sedimentos. O estudo petrográfico permitiu classificar as rochas estudadas, em todas as unidades, principalmente como quartzoarenitos. Contudo, nas formações Jaicós e Cariri, os litotipos estudados foram classificados, também, como subarcóseos e sublitoarenitos (este último, só para Formação Cariri). Os argilominerais presentes são esmectita, caulinita, ilita, clorita, interestratificados de ilita/esmectita e clorita/esmectita. A assembleia de minerais pesados é representada por zircão, turmalina e rutilo em todas as bacias, além de biotita, pirita, anatásio, titanita, epidoto, anfibólio, granada e piroxênio, na Bacia do Araripe. Os principais processos diagenéticos identificados foram: infiltração mecânica de argila; compactação mecânica e química; cimentação por crescimento secundário de quartzo e feldspato, por preenchimento de poros; dissolução de grãos; alteração e substituição de muscovita, biotita e feldspato por caulinita, clorita, ilita e opacos, respectivamente; e geração de porosidade secundária. Com relação à proveniência, as composições modais dos arenitos, lançadas em diagrama ternário QmFLt indicam fontes de Blocos Continentais, especificamente, de cráton estável e reciclagem orogênica. A assembleia de minerais pesados apresenta alta maturidade composicional, com índice ZTR em torno de 78 e 97%. Os grãos de quartzo e de minerais pesados sugerem provenientes de rochas ígneas e metamórficas. A integração dos dados analisados indicam que as formações Ipu, Jaicós e Tacaratu são diferentes das formações Cariri e Iborepi, não sendo correlatas. Por sua vez, as formações Cariri e Iborepi mostram-se bastante semelhantes, podendo ser correlatas, apresentando os mesmos eventos geotectônicos.