Purificação, caracterização e aplicação biotecnológica da(s) lectina(s) presente(s) em Bauhinia membranacea Benth

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: Pinheiro Fernandes, Mariana
Orientador(a): Cassandra Breitenbach Barroso Coelho, Luana
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/2013
Resumo: Lectinas são proteínas ou glicoproteínas de origem não-imune que se ligam bioespecificamente a carboidratos, com capacidade de aglutinar células de forma reversível. Folhas de plantas do gênero Bauhinia têm ampla utilização na medicina popular com propriedades ditas hipoglicemiantes e diuréticas. Diversos extratos de folhas de Bauhinia membranacea Benth demonstraram a presença de lectina, indicada pela atividade hemaglutinante (AH). O objetivo deste trabalho foi a purificação da lectina de folhas de B. membranacea (BmeLL) e sua imobilização em Sepharose CL-4B para isolar glicoproteínas. Um extrato escolhido (10 %, p/v) foi preparado em tampão citrato fosfato 10 mM, pH 6,5, contendo cloreto de sódio 0,15 M (tampão selecionado), por 16 h, a 4 oC. O extrato foi tratado com sulfato de amônio e a fração 0-80 % (F0-80%) foi selecionada para realização dos experimentos de purificação devido à maior AH específica (AHE). Cromatografia em coluna de gel de guar foi feita para purificar a lectina; a matriz foi equilibrada com cloreto de sódio 0,15 M. Eluição da proteína foi feita com hidróxido de sódio 0,02 M, pH 11. SDS-PAGE (8,5 %, p/v) revelou a pureza de BmeLL. A lectina aglutinou a títulos altos eritrócitos de coelho e humanos e não foi estimulada em presença de íons (Ca++, Mg++). BmeLL apresentou melhor AHE com tampão citrato fosfato 10 mM, pH 6.0, contendo cloreto de sódio 0,15 M. Teste de temperatura revelou que BmeLL é uma lectina termoestável. O perfil cromatográfico em gel filtração numa coluna de Sephacryl S- 300 mostrou um pico protéico principal. Caseína, fetuína, asocaseína, asialofetuína e tiroglobulina aboliram a atividade da lectina. BmeLL imobilizada em Sepharose CL-4B foi eficiente para ligar avidina e tiroglobulina como também, glicoproteínas da clara do ovo e tireóide de porco. Preparações contendo BmeLL serão utilizadas em ensaios biológicos que permitam avaliar seu papel como agente hipoglicemiante; BmeLL purificada será utilizada para caracterizar superfícies celulares