Reabilitação das alterações articulatórias decorrentes da disfunção velofaríngea nas fissuras de palato : mapeamento das evidências disponíveis na literatura

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: CARCAVILLA, Tuany Lourenço dos Santos
Orientador(a): GOMES, Adriana de Oliveira Camargo
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Saude da Comunicacao Humana
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/54312
Resumo: As fissuras de palato decorrentes de más-formações podem ocorrer de forma isolada ou associadas às fissuras de lábio. São consequências de erros na fusão dos processos faciais embrionários devido a alterações no desenvolvimento normal da face durante a vida intrauterina. O desenvolvimento do palato ocorre em duas etapas: a primeira é a formação do palato primário e a segunda é a formação do palato secundário. Essas alterações podem comprometer as estruturas velofaríngeas, que são compreendidas pela musculatura do palato mole, paredes laterais e posterior da faringe. O fechamento velofaríngeo é responsável pelo controle da pressão intraoral, da nasalidade da fala e auxilia na precisão articulatória. Alterações no fechamento velofaríngeo podem levar à disfunção velofaríngea (DVF) cujos sintomas clínicos mais presentes são: hipernasalidade, fraca pressão intraoral, emissão de ar nasal e possibilidades de erros articulatórios ativos. A terapia fonoaudiológica tem o objetivo de facilitar a aprendizagem motora por meio de técnicas específicas para adequação dos padrões articulatórios e do mecanismo velofaríngeo durante a fala. O objetivo deste estudo foi analisar as pesquisas sobre reabilitação fonoarticulatória e do mecanismo velofaríngeo em crianças, por meio de uma revisão de escopo, conforme as recomendações do instituto Joanna Briggs. Houve a seleção dos estudos no período de dezembro de 2022 até maio de 2023, considerando as bases de dados Medline, Biblioteca Virtual de Saúde, Web of Science, Scopus e Cochrane. Foram adotados como descritores "Fissura palatina", "Esfíncter velofaríngeo", "Insuficiência velofaríngea", "Palato mole" e "Fonoterapia", sem restrição de idioma e ano. Considerando-se os critérios de inclusão e exclusão, a pergunta norteadora, foi: Quais as abordagens fonoaudiológicas utilizadas para a reabilitação dos transtornos articulatórios e do mecanismo velofaríngeo em crianças com fissura de palato reparada existente na literatura científica nacional e internacional? Como resultados, foram levantados 2263 registros. A seleção dos trabalhos ocorreu, inicialmente, pela leitura do título e do resumo; em seguida a leitura dos artigos na íntegra. Foram incluídos 14 artigos para a análise qualitativa. A síntese qualitativa das produções considerou os artigos ou registros obtidos, quanto ao objetivo da investigação, a metodologia utilizada (tipo de estudo, procedimentos cirúrgicos e fonoaudiológicos), os resultados obtidos e a conclusão de cada estudo. As pesquisas mostraram que a abordagem fonológica, associado à terapia intensiva, pode apresentar melhores resultados para a inteligibilidade na reabilitação da fala em crianças com fissura de palato.