Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
GONÇALVES, Yanna da Rocha |
Orientador(a): |
SILVA, Frederico José Machado da |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Letras (Profletras)
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/34648
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Resumo: |
O uso massivo do livro didático nas práticas educacionais brasileiras o constitui como objeto posicionado no entremeio do cultural, mercadológico e pedagógico, sendo, por tudo isso, geralmente considerado como a voz da autoridade no contexto escolar. Situado em esferas de múltiplos interesses e, sendo influenciado pelas estruturas de poder que permeiam a sociedade, não é um instrumento neutro, portanto é composto por textos que veiculam discursos ideológicos, sobretudo da ordem do hegemônico. Dessa forma, a presente pesquisa tem como objetivo analisar a natureza discursivo-ideológica dos gêneros sociais nos textos veiculados pelos livros didáticos de Língua Portuguesa das séries finais do Ensino Fundamental. A fim de alcançar o objetivo pretendido, investigamos textos presentes numa coleção didática aprovada pelo Programa Nacional do Livro Didático 2017, os quais apresentaram discursos normatizadores ou subversivos quanto à representação dos gêneros sociais, usando as categorias de análise: estereótipos sexistas, heteronormatividade e inovação. Esse estudo se vincula à Análise Crítica do Discurso (FAIRCLOUGH, 2001) e às concepções sobre gênero social de SCOTT (1995), LOURO (2003) e BUTLER (2003). Os resultados da análise indicam que, apesar da presença de subversões e problematizações quanto aos discursos hegemônicos do feminino e do masculino, em grande parte dos textos prevalece a presença de estereótipos frente às relações de gênero. Quanto à sexualidade, o apagamento e a negação da homossexualidade é a regra, sendo veiculados predominantemente discursos heteronormativos. |