Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2009 |
Autor(a) principal: |
Perrusi Bandeira de Mello, Suely |
Orientador(a): |
Granja Porto, Zélia |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/4894
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Resumo: |
A presente pesquisa tem como objetivo analisar as representações sociais dos ciclos de aprendizagem por professores da rede municipal de ensino do Recife. O trabalho tem como suporte teórico estudos relativos à organização escolar em ciclos e sobre a teoria das representações sociais, iniciada por Serge Moscovici. Compreendem-se os ciclos de aprendizagem tendo como base a concepção de uma escola inclusiva, representando um importante progresso na democratização do ensino. Com a preocupação com os altos índices de reprovação e de distorção idade-série, os ciclos apresentam diretrizes que se opõem à escola seriada, indo além da ênfase na regularização do fluxo escolar. O trabalho tomou como referência teórico-metodológica a análise de conteúdo, privilegiando, no conjunto das técnicas da análise temática, a análise categorial. O corpus de análise foi definido a partir das entrevistas realizadas com as professoras participantes da pesquisa. Na perspectiva das representações sociais, a análise buscou a riqueza do simbólico que existe no senso comum e que traz à tona a emoção, os sentimentos, os sentidos e significados que os sujeitos sociais dão à sua realidade. Os resultados da pesquisa apontam para visões que se contrapõem e se excluem entre a validade da organização escolar em ciclos de aprendizagem e seus entraves, tais como a falta de formação, de condições de trabalho e de infra-estrutura, e a não retenção dos alunos. O distanciamento entre teoria e prática é percebido nas falas dos sujeitos participantes da pesquisa, quando os relatos sobre a organização do trabalho pedagógico se afastam dos aspectos avaliativos, curriculares e didáticos presentes nas diretrizes dos ciclos de aprendizagem adotados pela Secretaria de Educação do município do Recife. Assinala-se também que, nas entrevistas, os sentidos, sentimentos e significados atribuídos pelas professoras à política de ciclos de aprendizagem, no que se refere a não reprovação, são de angústia, revolta, tristeza, impotência, frustração e sofrimento. Pôde-se perceber que os conceitos de progressão continuada e promoção automática aparecem nos depoimentos das professoras, sob a mesma ótica, indistintamente. Registra-se, ainda, nas colocações feitas pelas professoras, um apego tanto à avaliação através de provas e atribuição de notas, quanto ao regime de seriação. As representações sociais dos ciclos de aprendizagem emergidas nas falas das professoras atribuem importância à participação social dos sujeitos envolvidos, para que políticas educacionais sejam de fato concretizadas e legitimadas |