Microfungos associados à serapilheira de Eucalyptus sp., na floresta estadual Edmundo Navarro de Andrade, Rio Claro, SP

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: BARRETO, Gabriel Ginane
Orientador(a): GUSMÃO, Luís Fernando Pascholati
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso embargado
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Biologia de Fungos
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/40416
Resumo: As florestas de eucalipto estão entre as mais produtivas do mundo, resultando em grandes quantidades de serapilheira é rapidamente colonizada pelos fungos, que atuam como decompositores da matéria orgânica. Estas florestas apresentam um potencial ainda inexplorado quanto a diversidade fúngica. O presente trabalho teve como objetivo a busca de novas espécies de microfungos saprotróficos, por meio de um estudo taxonômico das espécies associadas ao eucalipto. Foram realizadas duas expedições de coleta na Floresta Estadual Edmundo Navarro de Andrade (FEENA), onde foram coletadas amostras de serapilheira no ambiente terrestre, como folhas, galhos, gravetos e cascas e frutos (quando disponíveis), de seis espécies de eucalipto (Eucalyptus grandis, E. microcorys, E. paniculata, E. punctata, E. resinifera, E. urophylla). As amostras foram encaminhadas para o Laboratório de Micologia (LAMIC), da Universidade Estadual de Feira de Santana (UEFS) onde passaram pelo processo de lavagem sucessiva e posterior incubação em câmaras úmidas (placa de Petri + papel filtro + água destilada). As amostras de serapilheira incubadas foram observadas em estereomicroscópio durante 30 dias, período de coleta dos microfungos. Lâminas permanentes (resina PVL) e/ou semi-permanentes (ácido lático ou lactofenol) dos microfungos foram confeccionadas e analisadas em microscópio óptico. Foram realizados o isolamento dos microfungos em cultura pura, as quais quando bem sucedidas foram depositadas na Coleção de Cultura de Microrganismos do Estado da Bahia (CCMB/UEFS). As lâminas foram depositadas no Herbário da UEFS (HUEFS). Os 34 microfungos identificados, estão distribuídos da seguinte forma: sobre folhas em decomposição de E. grandis (6 espécies), E. microcorys (6 espécies), E. paniculata (7 espécies), E. punctata (11 espécies), E. resinifera (12 espécies), E. urophylla (9 espécies); em cascas em decomposição de E. grandis (6 espécies), E. paniculata (1 espécie), E. punctata (2 espécies), E. resinifera (2 espécie), E. urophylla (4 espécies); em galhos em decomposição de E. resinifera (1 espécie); em frutos em decomposição de E. urophylla (1 espécie). Dictyochaeta eucalypti, Polyscytalum truncatum, Satchmopsis brasiliensis e Umbellidion radulans foram recoletadas após 45 anos em Eucalyptus na FEENA. As espécies Kionochaeta spissa, Satchmopsis brasiliensis e Umbellidion radulans, foram encontradas com frequência nos hospedeiros analisados. Pseudosubramaniomyces fusisaprophyticus foi coletada pela primeira vez no Brasil. Um checklist com a distribuição geográfica de 188 espécies de ascomicetos associados ao eucalipto no Brasil é apresentado, bem como uma nova espécie de Kylindria é proposta. Dictyosporium tetrasporum e Spadicoides obclavata foram descritas pela primeira vez na América do Sul.