Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Lacerda, Lorena Tigre [UNESP] |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Estadual Paulista (Unesp)
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://hdl.handle.net/11449/180748
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Resumo: |
O eucalipto pode ser considerado uma das plantas economicamente mais importantes do mundo. Isso é devido às diversas aplicações na indústria, tais como: fabricação de móveis, papel e celulose, carvão vegetal, óleos essenciais, mel, entre outras. O Brasil é o maior produtor mundial de eucalipto, com mais de cinco milhões de ha plantados. A Floresta Estadual Edmundo Navarro de Andrade (FEENA) é considerada o “berço do eucalipto” no Brasil e apresenta a maior diversidade dessa planta fora do seu local de origem (Oceania). No entanto, pouco se sabe sobre a riqueza de espécies fúngicas associada à Eucalyptus spp. da FEENA. Assim, o objetivo desse trabalho foi descrever a comunidade fúngica presente em diferentes fases foliares de Eucalyptus microcorys F. Muell, uma espécie pouco explorada em relação a sua diversidade microbiana. Inicialmente foram avaliadas duas técnicas de isolamento (fragmentos foliares e filtração de partículas), a fim de delimitar o método que melhor representasse a comunidade fúngica endofítica associada às folhas frescas. Em seguida, selecionamos a técnica de filtração de partículas para investigar a comunidade sapróbia em diferentes fases foliares da serrapilheira do eucalipto. Os isolados fúngicos foram identificados quanto às características morfológicas e sequenciamento de fragmentos do DNA genômico. Ao todo, foram recuperadas 3.267 colônias fúngicas, distribuídas em 87 taxa. As principais conclusões desse estudo foram: (i) Sugerimos a utilização das técnicas de fragmentos foliares e filtração de partículas como métodos complementares de isolamento para avaliar a comunidade de fungos endofíticos; (ii) E. microcorys hospeda uma grande diversidade de espécies fúngicas associada às folhas. As comunidades de fungos da serapilheira dessa planta diferem significativamente da comunidade encontrada nas folhas frescas. Além disso, a diversidade de fungos encontrada no folhedo diminui conforme a fase de decomposição da folha. No entanto, o contrário pode ser observado em relação à abundância de algumas espécies; (iii) Relatamos novas ocorrências de fungos para o Brasil, bem como um novo gênero (Mycrocylindroseptoria), com base em marcadores morfológicos e moleculares. Portanto, nossos resultados demonstram a importância de estudos que abordem a diversidade fúngica associada às folhas de eucalipto, para descoberta de novas ocorrências e novos taxa fúngicos. |