Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2005 |
Autor(a) principal: |
MACIEL, André Frederico Franklin |
Orientador(a): |
NORÕES, Joaquim Alfredo Alves |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/7435
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Resumo: |
É sabidamente aceito a hidrocele é a mais comum manifestação clínica da filariose bancroftiana. Este estudo, um corte transversal, foi feito com o objetivo maior de verificar a associação entre hidrocele e infecção filarial ativa em moradores de área endêmica para doença de Bancrofti, no momento da busca diagnóstica e do tratamento da doença urológica. A hidrocele é considerada a manifestação clínica mais comum da bancroftose. No estudo atual, o seu diagnóstico foi baseado no exame físico e na avaliação ultra-sonográfica do conteúdo escrotal. Foram estudados 259 pacientes, no período entre 1999 e 2000 A hidrocele foi uni e bilateral em 165 (63,7%) e em 94 (36,3%) dos casos, respectivamente. A infecção parasitária foi avaliada submetendo-se todos os pacientes à investigação parasitológica direta através da filtração noturna, para identificação de microfilárias no sangue periférico, e da avaliação ultra-sonográfica da área escrotal, para a pesquisa das filárias adultas vivas. Observou-se que 114/259 (44,0%) dos pacientes com hidrocele apresentavam infecção filarial patente. A freqüência de portadores de microfilaremia e de vermes adultos em linfáticos intraescrotais foi de 78/259 (30,1%) e 95/259 (36,7%), respectivamente. No momento da investigação, a grande maioria dos pacientes tinha menos de 50 anos 210/259 (81,1%) e 49/259 (18,9%) estavam com idade igual ou superior a essa faixa etária. Naqueles com idade igual ou acima de 50 anos, a hidrocele bilateral ocorreu em 25/94 (26,6%) e foi mais freqüente que a doença unilateral, observada apenas em 24/165 (14,6%) dos casos (p = 0,02). Por outro lado, a presença de infecção ativa associada a hidrocele foi estatisticamente significante nos portadores de hidrocele unilateral 86/165 (52,1%) quando comparada nos com hidrocele bilateral 28/94 (29,8%) (p = 0,0007). Uma vez que quase metade dos pacientes com hidrocele era portador de infecção filarial ativa, deste estudo, fica a mensagem de que o cirurgião não deve limitar-se, apenas, à cura cirúrgica da doença. Adicionalmente, ele tem um importante papel na identificação e no tratamento da infecção filarial em pacientes e familiares e, assim, poderá contribuir, sobremodo, para o controle do agravo na nossa região |