As relações de poder no pós-auditoria do SUS em Recife-PE: uma análise orientada pelos conceitos de Crozier e Friedberg

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: TSZESNIOSKI, Luíse de Cássia
Orientador(a): SÁ, Ronice Maria Pereira Franco de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Saude Coletiva
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/31225
Resumo: Esse estudo objetivou conhecer a estrutura dos jogos de poder envolvidos no processo do pós-auditoria do SUS e, para isso, se propôs a identificar os desdobramentos das auditorias assistenciais realizadas pelo Componente Municipal de Auditoria do SUS de Recife em 2015, a estrutura hierárquica, as regularidades de comportamento e as racionalidades que regem os comportamentos dos principais atores envolvidos. Os dados foram coletados sob forma de documentos e entrevistas semiestruturadas e, estas últimas, foram submetidas à técnica de Análise de Discurso, que trabalha a relação língua-discurso-ideologia. Para reger a relação do analista com o seu objeto, foram utilizados os conceitos da análise estratégica de Crozier e Friedberg: racionalidade limitada e estratégica, poder, zona de incerteza e fontes de poder. A partir das reflexões guiadas pelos conceitos da análise estratégica no processo discursivo, foi identificado que a execução das recomendações da auditoria tem relação direta com as zonas de autonomia e incerteza dos gerentes das unidades de saúde, sendo a auditoria efetiva quando o gerente da unidade possui liberdade de atuação na área em que foi feita a recomendação. Percebeu-se, ainda, que as recomendações da auditoria não seguem a hierarquia da instituição e que há fragilidades da prática da auditoria enquanto instrumento de controle.