Caracterização fenotípica e molecular da resistência aos aminoglicosídeos mediada por metilases RNAr 16S de isolados clínicos de Acinetobacter spp. provenientes de um hospital oncológico do Recife

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: PEREIRA, Jussyêgles Niedja da Paz
Orientador(a): MACIEL, Maria Amélia Vieira
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Medicina Tropical
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/32577
Resumo: As metilases RNAr 16S geram alto nível de resistência aos aminoglicosídeos, os quais são utilizados no tratamento de infecções graves causadas por bactérias gram-negativas, como o Acinetobacter spp. Alguns genes codificadores destas enzimas estão disseminados mundialmente, enquanto outros foram detectados em alguns países. Caracterizar o perfil de susceptibilidade aos aminoglicosídeos (amicacina e gentamicina) de isolados clínicos de Acinetobacter spp. provenientes de um hospital oncológico do Recife, e dos resistentes a ambos antimicrobianos, determinar a concentração inibitória mínima (CIM) de amicacina, gentamicina e tobramicina e caracterizar os perfis genético (armA, rmtB, rmtC e rmtD) e clonal. Foram selecionados isolados resistentes a ambos antimicrobianos, amicacina e gentamicina, através da técnica de disco difusão em ágar Mueller-Hinton. Foi realizada microdiluição em caldo para determinar as CIMs dos antimicrobianos amicacina, gentamicina e tobramicina para estes isolados. Os mesmos foram submetidos à reação em cadeia da polimerase (PCR), para detecção dos genes armA, rmtB, rmtC e rmtD e à pulsed-field gel electrophoresis (PFGE), para a determinação do perfil clonal. Entre 23 isolados analisados, 12 (52,2%) foram resistentes à amicacina e à gentamicina. Entre estes, 11 (91,7%), 12 (100%) e nove (75%) isolados apresentaram respectivamente, CIMs ˃ 256 μg/mL de amicacina, ˃ 64 μg/mL de gentamicina e ˃ 64 μg/mL de tobramicina. O gene armA foi encontrado em todos os isolados 12 (100%) e em 6 (50%) houve a coexistência dos genes armA, rmtB e rmtC. O gene rmtD não foi detectado. O presente estudo é o primeiro relato do gene rmtC na América do Sul e representa também o primeiro relato dos genes armA, rmtB e rmtC em isolados clínicos de Acinetobacter spp. no Brasil. Estes isolados apresentaram elevada similaridade genética (92%) e foram classificados como clone A. São fundamentais a elaboração e o cumprimento de medidas que evitem a disseminação do referido mecanismo de resistência, em virtude da maior restrição terapêutica, ocasionada por ele, no caso de infecções por bactérias gram-negativas multidroga resistentes (MDR). A realização de mais estudos também é importante, para a obtenção de dados locais referentes ao mesmo.