Efetividade dos esquemas anti-tuberculose que substituem a rifampicina ou isoniazida por aminoglicosídeo ou quinolona

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Ridolfi, Felipe Moreira
Orientador(a): Rolla, Valeria Cavalcanti, Oliveira, Raquel de Vasconcellos Carvalhaes de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Link de acesso: https://www.arca.fiocruz.br/handle/icict/49266
Resumo: Um regime de primeira linha ou regime padrão (RP) em uma combinação de dose fixa com quatro drogas (isoniazida, rifampicina, pirazinamida e etambutol) é recomendado para o tratamento da tuberculose. A toxicidade, a resistência e as interações medicamentosas podem levar a modificações desse regime padrão. Alternativas medicamentosas comuns nessas situações são aminoglicosídeos (A) e/ou quinolonas (Q). Avaliamos a eficácia de regimes não-padrão (RnP) em comparação com o RP no tratamento da tuberculose. Este estudo de coorte incluiu participantes com idade \2265 18 anos, com TB confirmada, incluídos previamente em uma coorte prospectiva entre janeiro de 2004 e dezembro de 2016. Casos de TB multirresistentes foram excluídos. Comparamos as características basais, a duração do tratamento e as proporções de cura entre os participantes que receberam RP ou RnP \2013 este último subdividido em regimes contendo A e/ou Q que substituíram os medicamentos padrão permanentemente (por A, Q, A+Q) e regimes que usavam A e/ou Q, mas retornaram aos medicamentos padrão (definidos como subgrupo \201Coutros RnP"). Foram incluídos 258 participantes que receberam RP e 92 que receberam RnP. A TB pulmonar foi a forma clínica mais comum em todos os grupos, exceto em A+Q. O HIV e a TB prévia foram associados à substituição do RP (p <0,001 em ambos). A duração do tratamento foi maior nos RnP do que no RP - mediana dos dias 365,5 (IQR: 200-400) e 192 (174-267), respectivamente Entre os RnP, 20% usaram A, 40% Q, 24% A+Q e 16% usaram outros RnP. O RP foi substituído principalmente por toxicidade. As proporções de cura foram semelhantes entre RP e RnP: 80% e 77%, respectivamente (p=0,53). Entre os RnP, o subgrupo \201Coutros RnP\201D apresentou a maior proporção de cura, enquanto o subgrupo A+Q teve a menor proporção de cura. Potenciais confundidores não foram avaliados. Os regimes não padrão tiveram proporções de cura semelhantes ao regime padrão, exceto o subgrupo que usou o RnP A + Q, que teve proporções de cura mais baixas. Os resultados reforçam ainda a necessidade de tratamentos de TB mais bem tolerados.