Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Ferreira, Cristiane Lira |
Orientador(a): |
Melo-Júnior, Mário Ribeiro de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/14011
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Resumo: |
O exame necroscópico é um procedimento de fundamental importância e apesar dos avanços na área da imagenologia, a quantidade de resultados discrepantes entre o diagnóstico clínico e o necroscópico permanece preocupante. A pielonefrite é uma manifestação importante indicativa de infecção do trato urinário e que devido a variedade de sintomas pode não ser diagnosticada na clínica (in vivo). Nesse intuito, buscou-se neste trabalho verificar a incidência dessa doença através do exame necroscópico e identificar as bactérias presentes no rim. Coletaram-se rins de cadáveres com até 12 horas após o óbito, realizando-se análise macroscópica e após desinfecção do órgão com solução de iodo-povidine 10% fez-se uma incisão longitudinal com bisturis estéreis para aspiração da secreção presente e em seguida foram retirados fragmentos representativos da pelve e do parênquima renal para o estudo histopatológico. Os aspirados foram semeados em meios de cultura bacteriano e acondicionadas em estufa (37ºC) por até 48 horas. As bactérias isoladas foram identificadas através do instrumento Phoenix Automated Microbiology System. Os cortes histológicos renais foram fixados e emblocados em parafina e submetidos à coloração com hematoxilina–eosina. Para efeitos comparativos realizou-se coleta em rim sem secreção (controle). Todos os achados suspeitos de pielonefrite aguda foram detectados através do exame necroscópico, ou seja, não haviam sido detectados em vida. Através do exame histopatológico detectou-se 10 casos de pielonefrite aguda, sendo 4 detectados macroscopicamente e 6 foram diagnosticados exclusivamente por microscopia. Em 50% dos casos detectamos os três achados: secreção na macroscopia, crescimento bacteriano e alteração histológica indicativa de pielonefrite. Em 40% dos casos estavam presente apenas dois perfis anatomopatológicos: secreção e alteração histológica ou crescimento bacteriano e alteração histológica; Em 10% dos casos houve apenas o achado histopatológico. As espécies bacterianas prevalentes foram Escherichia coli, Pseudomonas pseudoalcaligenes, Stenotrophomonas maltophilia, Staphylococcus aureus e Micrococcus lylae. Conclui-se que o exame necroscópico é essencial para diagnosticar a pielonefrite pós-morte e que o exame histopatológico é ainda o padrão ouro, pois a alteração histológica é que definirá se há inflamação aguda indicando a doença da pelve renal. Concluímos também que a pesquisa bacteriana necroscópica deve ser incentivada, pois seguindo critérios necessários ao manipular as amostras os resultados encontrados serão relevantes e poderão esclarecer a causa do óbito, principalmente nos casos de morte súbita. |