Doença ulcerosa anogenital em indivíduos infectados com o HIV

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2010
Autor(a) principal: ROSENDO, Ligia Helena Pessoa de Melo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
HIV
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/7048
Resumo: Lesões ulceradas de curso crônico em região anogenital são mais comuns em HIV positivos do que em imunocompetentes. Cerca de 20% dos indivíduos infectados com o HIV tem alguma queixa relacionada ao aparelho genital. A etiologia da doença ulcerosa em região anogenital nesta população é variada e são descritos na literatura agentes etiológicos diversos. Não existem dados sobre a etiologia das úlceras anogenitais em indivíduos infectados com o HIV no estado de Pernambuco. Os objetivos deste estudo são: analisar as úlceras anogenitais em pacientes infectados com o HIV nos seus aspectos clínicos e histopatológicos procurando estabelecer a etiologia desta afecção; além de descrever as características epidemiológicas desta população, como dados sociodemográficos e comportamentais. Trata-se de um estudo descritivo do tipo série de casos onde pacientes infectados com o HIV e história de lesões ulceradas em região anogenital internados em enfermarias ou atendidos em ambulatório do Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Pernambuco no período de julho a dezembro de 2009 constituíram a casuística do estudo. A amostra foi do tipo conveniência, segundo a demanda do hospital. Foram examinados 15 indivíduos, sendo 12 homens e três mulheres. Sessenta por cento dos indivíduos referia ter parceiro único no momento do estudo e 40% afirmavam ser heterossexuais. Apesar de HIV positivos e de terem lesão ulcerada em região genital, cerca de 70% dos indivíduos referia nunca usar preservativos ou o faziam de maneira eventual. Todos negaram o uso de droga injetável e 60% negava história prévia de outra doença sexualmente transmissível. Foram examinadas 30 lesões ulceradas em região anogenital, numa média de duas lesões por paciente. As úlceras foram biopsiadas e foi realizado exame histopatológico. A maioria (70%) delas estava localizada em região perianal e 80% tinham mais de 10 dias de evolução. Em 13 biópsias evidenciaram-se alterações patognomônicas da infecção pelo herpes vírus. Em dois pacientes tanto o exame histopatológico, como o teste de Tzanck foram inespecíficos, porém um deles obteve melhora com o tratamento com aciclovir oral e o outro com creme de Imiquimod. Não foi observada relação entre a gravidade ou duração das lesões e a contagem de células CD4 e o uso de terapia antirretroviral altamente ativa. A abordagem correta desta afecção tem impacto na transmissão do HIV. A possibilidade de etiologia herpética deve ser aventada, embora a história e o exame clínico possam não sugerir alterações clássicas desta infecção