No campo das Políticas Públicas Culturais, os caranguejos com cérebro se organizam para desorganizar

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: GUIMARÃES, Rodrigo Gameiro
Orientador(a): CARVALHO, Cristina Amélia Pereira de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/910
Resumo: Esta pesquisa analisa o processo de construção do Sistema Nacional de Cultura, sua efetiva contribuição para a mudança no caráter da participação da sociedade e para a alteração das posições de poder do campo de construção das políticas públicas de cultura para a música em Pernambuco. Para isso, apóia-se no ferramental teórico proposto por Pierre Bourdieu partindo dos seus conceitos de campo, capital e habitus e, para caracterizar a participação, em Marco Aurélio Nogueira (2005), Pedro Demo (2001) e Spicer e Böhm (2006). Para cumprir esse propósito, é discutido o processo de construção do campo das políticas públicas desde o Estado Novo (1937-1945) até à instituição do Sistema Nacional de Cultura (2005), que propõe uma mudança na forma de construção das políticas públicas para cultura até então desconhecida na área. Esses anos constituíram um processo de luta social pela transformação do caráter das políticas, com a inclusão plena de novos agentes sociais e a alteração dos modos de construção das políticas. O propósito desta interpretação é de desvendar, na atualidade, outras formas de articulação da sociedade civil com o Estado, mais apropriadas a uma participação de novo tipo. Para analisar se o SNC desencadeia mudanças nas posições de poder, nos apoiamos na Análise Crítica do Discurso. Inferimos que o SNC direciona a criação de estruturas de participação, mas com algumas limitações. Não desconsideramos, a mudança nas posições de poder e nas regras do jogo, pois agentes, antes marginais, agora participam de pleno direito, mesmo limitados a certos espaços e arenas políticas