Investigação hematológica, bioquímica, microbiológica e clínica de pacientes com COVID-19 internados na enfermaria e UTI de um hospital universitário em Pernambuco

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: SOUSA, Georon Ferreira de
Orientador(a): MELO, Cristiane Moutinho Lagos de
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Ciencias Biologicas
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/50460
Resumo: A pandemia da COVID-19 há dois anos tem causado muitos transtornos mundiais em termos de saúde pública, economia e política. O número de casos e óbitos tem aumentado em oscilações denominadas ondas e mesmo após o processo de vacinação ter iniciado, ainda não existe um medicamento direcionado ao combate ao vírus. Este estudo visa fornecer mais conhecimento a respeito da patogênese da COVID-19, nos aspectos laboratoriais e clínicos, confrontando a evolução da doença em pacientes de Enfermaria e de UTI. Amostras biológicas de 85 pacientes foram coletadas para investigação hematológica, bioquímica, imunológica, microbiológica e clínica. Os resultados demonstraram que os principais sintomas apresentados pelos pacientes de Enfermaria e UTI foram dispneia (74,41% e 45,45%) e febre (55,17% e 27,27%). As principais comorbidades observadas foram hipertensão (34,48% e 70%) e obesidade (17,24 e 20%) dados para Enfermaria e UTI, respectivamente. Os exames de Tomografia computadorizada demonstraram a prevalência dos achados clássicos como as opacidades em vidro fosco. Além disso, os pacientes de UTI apresentaram os graus moderado e grave da doença como os mais prevalentes. Os principais fármacos utilizados na Enfermaria foram os anti-inflamatórios, antibióticos e anticoagulantes. Para a UTI, além dos descritos acima, destacaram-se os antirretrovirais e os ansiolíticos. Nos pacientes de UTI houve redução de hemácias, de hematócrito e de linfócitos (inclusive todas as sublinhagens T (CD3, CD4, CD8 e CD19), associada com aumento de neutrófilos, DHL, ferritina, DDímero, fibrinogênio e Proteína C reativa (PCR). Os microrganismos mais prevalentes foram Staphylococcus epidermidis, Escherichia coli, Enterococcus feacalis e Klebsiella pneumoniae. Os antibióticos Ampicilina-Sulbactam, Estreptomicina, Eritromicina, Oxaciclina, Rifampicina, Ceftriaxoma, Imipenem e Meropenem foram os menos responsivos nos testes de resistência antimicrobiana. Exames laboratoriais na COVID19, são importantes ferramentas no diagnóstico da condição clínica do paciente. A interrelação entre dados hematológicos, bioquímicos e imunológicos, pode ser um fator preditivo da conduta médica e permanência do paciente na enfermaria ou UTI. Além disso, o longo tempo de internamento na UTI associado ao uso de dispositivos invasivos, também são fatores predisponentes para o favorecimento das coinfecções nosocomiais. Por fim, investigar e controlar as condições pré-clínicas, ou seja, possíveis comorbidades, parece ser essencial na prevenção do agravamento da doença.