Dilatações vasculares intrapulmonares em portadores de esquistossomose mansônica na forma hepatoesplênica: estudo diagnostico empregando ecocardiografia com contraste
Ano de defesa: | 2009 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Cirurgia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/25369 |
Resumo: | Objetivos: determinar a prevalência de dilatações vasculares intrapulmonares (DVIP) em portadores de esquistossomose mansônica na forma hepatoesplênica (EHE) pura, mista (associada a cirrose por álcool e/ou hepatite viral) e em pacientes já submetidos ao tratamento cirúrgico da hipertensão porta, usando ecocardiografia com contraste transtorácica (ETT) e transesofágica (ETE); verificar possíveis diferenças na prevalência entre os grupos e associação de DVIP com manifestações clínicas, laboratoriais e ultrassonográficas. Métodos: Cinquenta e seis pacientes com EHE foram submetidos a ETT e ETE, empregando solução salina como contraste, divididos em três grupos: GI - 23 pacientes na forma pura, GII - 22 pacientes já submetidos à esplenectomia e ligadura da veia gástrica esquerda e GIII - 11 pacientes na forma mista (EHE associada a cirrose por álcool e/ou vírus). Resultados: Foram excluídos oito pacientes com forame oval pérvio, sendo analisados 48 pacientes: 23 no GI (idade média 45,8 ± 16,1 anos), 16 no GII (idade média 41,1 ± 15,9 anos) e nove no GIII (idade média 60,8 ± 9,2 anos). A prevalência de DVIP ao ETT foi significantemente maior comparada ao ETE: 83,3% versus 43,8%. Não houve diferença na prevalência de DVIP entre os grupos tanto ao ETT como ETE. O ETE foi considerado padrão ouro para a detecção de DVIP. O ETT apresentou 100% de sensibilidade e valor preditivo negativo, especificidade de 29,6%, valor preditivo positivo de 52,5% e acurácia de 60,4%. Empregando o ETE, não foi encontrada associação significante entre a presença de DVIP com as variáveis clínicas, ultrassonográesquisficas e laboratoriais, exceto por valores médios mais elevados de BT (p<0,05). Os pacientes com DVIP apresentaram médias significantemente menores de SO2 na oximetria (p=0,039), na gasometria arterial (p=0,011), e de PaO₂ (p=0,006) e mais elevados de DA-aO₂ (p=0,022). Conclusão: na amostra estudada, os portadores de EHE puros, mistos e submetidos à descompressão porta apresentaram elevada prevalência de DVIP, sem diferenças significantes entre eles. O ETT é um método sensível comparado ao ETE para a detecção de DVIP, porém, pouco específico. A presença de DVIP ao ETE está associada à diminuição de SO₂, PaO₂ e níveis mais elevados de DA-aO₂, sendo importante a detecção precoce destas alterações no acompanhamento dos portadores de EHE. |