Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
LIMA, Sanmy Silveira |
Orientador(a): |
SILVA FILHO, Adejardo Francisco da |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso embargado |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
|
Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Geociencias
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Brasil
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/45490
|
Resumo: |
Ao longo das últimas décadas, estudos geológicos, geofísicos e isotópicos na Província Borborema (NE, Brasil) evoluíram consideravelmente, principalmente nas subprovíncias Norte e Central. Entretanto, o Domínio Pernambuco-Alagoas, inserido na subprovíncia Sul, não dispõe de estudos geofísicos, isotópicos e geológicos em detalhe. O uso e interpretação de dados e imagens obtidos, através de sensores remotos permitem importantes aplicações nas geociências. Nesta pesquisa foram utilizados dados aerogeofísicos de alta densidade e dados SRTM (Shuttle Radar Topography Mission), para delimitar litologias e capturar indicadores lineares geológicos e geomorfológicos na porção oeste do Batólito Ipojuca-Atalaia. Este batólito ocorre de forma longitudinal à costa atlântica de Recife para as proximidades de Maceió e apresenta um formato triangular irregular, alcançando uma área próxima a 4.000 km2 de extensão. Os limites do batólito são marcados duas zonas de cisalhamento, a norte pela Zona de Cisalhamento Palmares e a sul, pela Zona de Cisalhamento Flexeiras. A utilização de dados de SRTM permitiu aplicar as metodologias de extração da hipsometria, grau de declividade, imagem sombreada e drenagem. O conjunto de produtos extraídos a partir desses dados possibilitou identificar os compartimentos geomorfológicos da área de estudo e como as estruturas geológicas imprimem um forte controle morfoestrutural na região. Nesse contexto, o controle estrutural do relevo é evidenciado pela dissecação das zonas de cisalhamento, onde a litologia granítica apresentou uma tensão maior ao longo do tempo geológico. O estudo aerogeofísico, por sua vez, permitiu delimitar os domínios litogeofísicos e os domínios magnéticos, além das principais direções dos lineamentos, zonas de cisalhamento e seu comportamento em profundidade através da continuação ascendente e da Deconvolução de Euler. O conjunto de dados magnetométricos integrados revelou que a região foi intensamente deformada por zonas de cisalhamento transcorrentes, com direção NE-SW. Os dados aerogamaespectrométricos possibilitaram o aprimoramento dos limites entre os plútons da porção oeste do Batólito Ipojuca-Atalaia. Após as etapas de sensoriamento remoto e interpretação dos dados aerogeofísicos foram escolhidos os principais litotipos, para a análise isotópica por Lu-Hf, geocronológica por U-Pb e litogeoquímica por rocha total. Os granitóides da porção oeste do Batólito Ipojuca-Atalaia apresentam feição metaluminosa a ligeiramente peraluminosa e estão associados a série magnesiana. As rochas estudadas são enriquecidas em LILE e LREE, mas depletadas em HFSE, indicando características de zonas de subducção de arco vulcânico. Os dados isotópicos de Lu-Hf indicaram três grupos, com diferentes idades TDM. O grupo 1, apresenta idade modelo TDM variando entre 0,9 e 1,1 Ga e valores de ɛHf(t) entre +4,26 e +54,36, sugerindo uma fonte Toniana juvenil; o grupo 2 é caracterizado por idade modelo TDM entre 1,2 e 1,6 Ga e ɛHf(t) variando de -8,99 até 46,3; o grupo 3 apresenta idade modelo TDM variando entre 3.3 e 2.8 Ga e ɛHf(t) exclusivamente negativo (-27.47 até -3.96) indicando a geração por melting de uma crosta Arqueana para o Plúton Murici (sin-transcorrente). Sete amostras de metagranitóides foram analisadas por LA-ICP-MS. Os metagranitóides e plútons foram correlacionados a partir de suas idades e dos eventos tectônicos ocorridos na Província Borborema, sendo eles divididos em: (1) plúton sin-transcorrência (Pluton Murici – 578,3 ± 2,4 Ma); (2) metagranitóides colisionais (Poço Feio – 620,6 ± 3,5 Ma; Manguape – 632,3 ± 2,5; Munguba – 639,1 ± 4,3 Ma; Santana do Mundaú – 629,8 ± 4,2 Ma) e (3) metagranitóides Tonianos (Riacho Cabeça de Porco - 828 ± 7,6 Ma e Metagranitóide Toniano Migmatizado - 957 ± 6,1 Ma). Assim, este estudo fornece bases sólidas para o entendimento e aprimoramento dos dados relativos ao plútons, zonas de cisalhamento e dinâmica tectônica da porção oeste do Batólito Ipojuca-Atalaia. |