Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2023 |
Autor(a) principal: |
PASSOS, Cláudio Roberto Farias |
Orientador(a): |
SÁ, Alcindo José de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Geografia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/55772
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Resumo: |
A tese analisa o espaço geográfico do Recife e as territorialidades produzidas por sua população ao longo da história, além das repercussões na conjuntura violenta do município no período de 1990 até 2023. Constatou-se que a situação excludente da cidade seguiu modelo nacional, delineada ao longo da colonização do país. Foram duas as funções que possibilitaram o desenvolvimento do Recife: portuária e comercial. Através do Porto, o açúcar, principal produto da economia pernambucana, enviado ao exterior por longo tempo. O enfraquecimento da indústria do açúcar foi responsável pela migração de trabalhadores do campo para a cidade que nela chegando se deparam com as dificuldades de uma cidade que, nos anos 1940, exibia certa fragmentação espacial, nível de pobreza considerável e consequente formas de ocupação do espaço precária. Na época, a gestão pública se mostrou produtora de lugares, defendendo a retirada da população pobre das áreas centrais e a extinção dos mocambos. As famílias expulsas foram obrigadas a ocupar as áreas da cidade que não interessavam ao Estado, tampouco ao setor imobiliário: morros. Esses lugares têm falhas de infraestrutura, por serem periféricos, existem usos do território de maneira diversas; onde se elaboram estratégias de sobrevivência contra a violência, o trabalho informal é a regra, a população é negra, vítimas de conflitos territoriais que resultam em mortes. Os pressupostos metodológicos utilizados na tese, que adotou o materialismo-histórico-dialético como método, apontaram como conclusões que o Recife, desde sua origem, sobrepõe pobreza e riqueza, algumas vezes reprime seus pobres, em outras permite que ocupem lugares ao lado dos ricos; ela se distingue como ambiente violento. E somente com execução de políticas públicas de moradia, trabalho e salário constante, e ações inclusivas de educação, serão revertidas as dificuldades estruturais sentidas pela população. |