A argumentação infantil e o contexto institucional de produção

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2007
Autor(a) principal: Maura Lima, Francisca
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/4545
Resumo: O trabalho apresenta resultado de investigação que teve como objeto o diálogo que as crianças estabelecem com as vozes presentes nos discursos da escola através de processos de argumentação. A investigação foi feita através da análise de 128 textos de opinião produzidos por crianças de 4ª série de uma escola particular e 2º ano do segundo ciclo de uma escola pública municipal, ambas em Recife. Realizamos também a análise das oito aulas onde foram produzidos os textos considerando todo o contexto de produção, procedimento indispensável para a compreensão das estratégias de escrita dos alunos. Para fundamentar o trabalho, assumimos a concepção de língua como interação proposta por Bakhtin (2002) e uma concepção de argumentação que se situa na condição de mediadora da construção de pontos de vista e de realidades. Discutimos os conceitos de polifonia e dialogia que contribuem para compreender o processo de interação, assim como as questões relativas ao contexto de produção a partir de Bronckart (2003), trazendo também outros autores que com ele dialogam e trabalhos cujos resultados contribuem com nossa discussão. Os resultados indicam que as crianças se relacionam com o contexto institucional de várias formas e que vários aspectos nesse contexto influenciam na forma como as crianças constroem a argumentação e assumem os pontos de vista. Também mostramos de forma pontual as marcas da instituição nos textos das crianças e a forma com que contornam a voz institucional, quando discordam dela