Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2004 |
Autor(a) principal: |
Ferraz Leal, Telma |
Orientador(a): |
Roazzi, Antonio |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/8282
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Resumo: |
O objetivo desta pesquisa foi analisar algumas estratégias de argumentação adotadas por crianças em textos escritos e os efeitos do contexto escolar sobre essas estratégias. Os procedimentos constaram de aplicação de uma tarefa de produção de texto em 12 turmas de 2a a 4a séries, de três escolas públicas e uma particular, e de observação de três aulas em cada turma. As análises foram realizadas em quatro etapas: (1) exploração dos relatórios de observação das três aulas; (2) análise dos 205 textos produzidos pelas crianças; (3) exploração dos relatórios de aplicação da produção textual; (4) análise detalhada de três turmas. Verificamos que as crianças não tiveram dificuldade para apresentar os pontos de vista nem para justificá-los, havendo, ainda, diversidade quanto às estratégias de condução dos leitores e de utilização de recursos lingüísticos, sobretudo de modalizadores. As justificativas das justificativas apareceram para atender a diferentes propósitos: garantir a aceitabilidade da justificativa ou ressaltar sua relevância. Os contra-argumentos apareceram em todas as séries, tanto através da explicitação da restrição quanto através de processos de inferenciação. Houve diversidade de modelos textuais. Os resultados evidenciaram efeitos dos tipos de intervenção didática sobre as estratégias argumentativas utilizadas e do contexto imediato de produção. Todas essas reflexões foram realizadas a partir da perspectiva de que haveria por parte dos alunos um reconhecimento da professora como interlocutora privilegiada, dado que eles sabiam que escreviam na escola para aprender a escrever , embora pudessem, paralelamente, dar conta de outras finalidades (reais ou imaginárias). Esse desdobramento da finalidade parecia, em alguns momentos, dificultar a tarefa, principalmente no que se referia ao cálculo dos conhecimentos partilhados que poderiam ser ocultados nos textos. Concluiu-se, portanto, que as estratégias de escrita foram orientadas pelas representações que as crianças tinham sobre as práticas escolares de elaboração textual e que algumas dificuldades apontadas nos estudos realizados anteriormente pareciam ser oriundas, muitas vezes, da desconsideração de processos didáticos inadequados, que não conduziam a práticas diversificadas de escrita, ou das dificuldades das crianças em lidar com o desdobramento das finalidades textuais no contexto escolar. Concebemos, ainda, que as divergências entre os diferentes estudiosos do tema podem decorrer das diferentes concepções sobre texto ou sobre argumentação |