A escrava Isaura : uma visão multidimensional

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2003
Autor(a) principal: Guimarães Caminha Neto, José
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/7933
Resumo: Este trabalho busca revelar os muitos segredos que se escondem por trás das representações de uma escrava mestiça, nascida sob o signo do Romantismo, chamada Isaura. A personagem criada por Bernardo Guimarães na segunda metade do século XIX revela-se cheia de contradições que, nesta pesquisa, se explicam nas teorias pós-modernas. Assim como o Folhetim, gênero híbrido criado da união do Jornalismo Impresso com a Literatura, Isaura sofre o preconceito de não ser aceita pela sociedade por causa de sua origem. Esta dissertação acompanha os passos trilhados pela escrava desde o romance popular (1875) até o folhetim eletrônico (1976) para mostrar as muitas faces da nossa cultura e suas transformações. Na Literatura, as influências dos mitos fundamentais; de obras grego-romanas; do romance inglês do século XVIII, e norte-americano do século seguinte. Nas adaptações do romance para a mídia, teremos a comprovação de que Isaura mantém-se sujeita às regras mercadológicas da Indústria Cultural. Para manter-se viva, ela se transforma: idealizada e perfeita no Romantismo; relegada e maldita no Modernismo; resgatada e aceita pelo público com a ajuda da Televisão no final do século XX. Nos desdobramentos do mito de Isaura, constata-se a construção da auto-imagem do brasileiro: ideologicamente branco. Um mestiço que não se reconhece como tal