Vozes negras, letras brancas: representação do negro e performance em Castro Alves e Marcelino Freire

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2016
Autor(a) principal: LEITE, Gersica Cassia Ferreira
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
UFPE
Brasil
Programa de Pos Graduacao em Letras
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/17599
Resumo: O presente trabalho tem como objetivo verificar pontos de interseção entre Os escravos (1863- 1870) e Contos Negreiros (2005), de Castro Alves e Marcelino Freire, respectivamente, não apenas no que tange o tema - ambos problematizam a escravização à qual são submetidas as minorias políticas no Brasil, especialmente os negros - mas também quanto às suas formas estéticas, sobretudo no que diz respeito à oralidade, visto que os dois autores escrevem textos para serem lidos em voz alta para o público. Eles realizam, portanto, o que Zumthor (1997) denominou “poética da oralidade” ou “performance”, em que pelo menos a transmissão e a recepção do texto literário passam pela voz e pelo ouvido. Analisamos, ainda, como o contexto de cada autor se transforma em elemento interno de suas obras, e como elas contribuem para dar visibilidade à situação de marginalidade e exclusão social da população negra no país. Para tanto, o trabalho se divide em três capítulos, para cujas discussões foram trazidos os estudos de Antonio Candido (1988; 2011; 2000), Antoine Compagnon (1999), Regina Dalcastagné (2008); Leyla Perrone-Moisés (2006), João Alexandre Barbosa (1990) e Heloísa Toller Gomes (1988), no tangente à representação literária, e nos estudos de Zumthor (1993;1997; 2007) sobre oralidade e performance.