Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
Freitas, Marisa de
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Orientador(a): |
Souza, Jessé José Freire de
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Banca de defesa: |
Magrone, Eduardo
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Grün, Roberto
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Juiz de Fora
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pós-graduação em Ciências Sociais
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Departamento: |
ICH – Instituto de Ciências Humanas
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufjf.br/jspui/handle/ufjf/1415
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Resumo: |
Esta pesquisa buscou estabelecer a relação dos conceitos de subcidadania, estudo realizado por Jessé Souza (2006), e de capital cultural, formulado por Pierre Bourdieu (2007), com a prática cotidiana dos alunos de 8º e 9º anos do Ensino Fundamental compreendido nas idades entre 12 a 17 anos de duas escolas da Rede Municipal e uma escola Particular da cidade de Juiz de Fora. Optou-se por uma abordagem qualitativa que se considerou mais indicada. No referencial teórico, encontra-se uma breve reconstrução do período histórico do Brasil que se inicia no processo de colonização por Portugal até 1930. Nesse tempo histórico, apontou-se o sistema escravocrata e suas mazelas aos índios e negros. Para com os negros, destacamos o descaso social ao não integrá-los no processo de trabalho livre e assalariado, as condições precárias de habitação e sanitarista, além da desestruturação do núcleo familiar; consequências funestas do sistema escravista após a abolição. A chegada da Família Real no Brasil propiciou o avanço da modernização da Colônia para um Estado independente, gerando mudanças que influenciaram novos comportamentos, novas ideias e o espaço urbano. Contudo, a herança do sistema escravista com forte base tradicionalista leva para a República uma aliança entre a modernização capitalista e a tradição patriarcal dos senhores. Nesse contexto, a marginalização da população de negros e mestiços fica velada em meio aos discursos liberais, enquanto os imigrantes brancos ocupam os postos de trabalho nas lavouras e nas indústrias. Ao perceberem-se os estilos de vida como marcas que distinguem os indivíduos e o seu pertencimento a uma classe social elite, média ou popular; é possível favorecer sua inserção aos privilégios de uma sociedade letrada ou exigir esforço individual para o usufruto aos ambientes socializadores legítimos. O resultado dos dados da pesquisa com os estudantes apontam um perfil escolar dos alunos das escolas municipais de uma cultura hedonista com pouca dedicação aos estudos e apresentam distorção ano/idade. O perfil econômico desses discentes mostrou responsáveis com empregos em atividades que exigem força física e baixa escolaridade, compreendida entre os anos iniciais incompletos e anos finais completos do Ensino Fundamental, poucos atingem o Ensino Médio. Esses estudantes veem a escola como a representação de um “futuro” na melhoria da condição de vida. A escola particular nessa pesquisa serviu de linha condutora ao longo dessa investigação e os achados mostram uma distância na vida social de ambos os grupos de adolescentes. Os resultados obtidos revelam conclusões que poderão ser utilizadas como subsídios para ampliar as discussões e desvelar as condições sociais vivenciadas pelos estudantes da escola pública, a fim de possibilitar novas estratégias pedagógicas e políticas educacionais mais eficazes à aquisição de capital cultural. |