Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2007 |
Autor(a) principal: |
de Andrade Pereira, Arley |
Orientador(a): |
Eurico Pires Ferreira Travassos, Paulo |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/8790
|
Resumo: |
A albacora laje (Thunnus albacares) é uma das principais espécies de atuns capturadas no Atlântico tropical. Para a frota atuneira brasileira que opera no Atlântico oeste tropical, esta espécie é um dos principais recursos pesqueiros explorados, principalmente após o descobrimento como zona de pesca, em 1988, do Arquipélago de São Pedro e São Paulo (ASPSP 0o56 N/29º26 W), em conseqüência da elevada concentração da espécie nesta área, principalmente no primeiro e quarto trimestres do ano. Entretanto, pouco se conhece sobre os padrões de distribuição horizontal e vertical da albacora laje durante sua permanência nas adjacências do ASPSP, assim como sobre as influências das condições oceanográficas, principalmente da temperatura da água, na distribuição espaço-temporal de pequena escala efetuada pela espécie. Neste contexto, o presente trabalho teve como objetivo principal estudar o comportamento da albacora laje através de experimentos de marcação (marcas eletrônicas Pop-up Satellite Archival Tag e telemetria acústica), os quais permitiram obter informações inéditas sobre os deslocamentos circadianos efetuados pela espécie. Os resultados obtidos com exemplares de 85, 120 e 141 cm de Comprimento Furcal (CF) marcados no ASPSP, mostraram que a espécie apresenta comportamentos similares para os diferentes tamanhos estudados. A albacora laje de 120cm, marcada com marcas PSAT, manteve-se na camada homogênea das 02:00h às 07:00h (profundidades < 50m e temperaturas > 26,0oC), descendo para águas mais profundas a partir deste horário. O exemplar de 141 cm apresentou o mesmo comportamento, nadando em águas superficiais da camada homogênea das 00:00h às 06:00h, mergulhando para águas mais profundas, na camada inicial da termoclina, com temperaturas em torno de 24,0oC, a partir deste horário e voltando a ocupar a camada superficial ao anoitecer, após as 18:00h. Entretanto, em duas ocasiões, estes dois exemplares realizaram mergulhos bastante profundos, em águas muito frias, raramente observados para espécie, mesmo por um curto período de tempo. A albacora laje de 120 cm desceu a 488 m, onde a temperatura da água foi de 7,3oC. Um outro exemplar, com 141 cm atingiu a profundidade de 408 m, onde a temperatura foi de 8,3oC. Este mesmo tipo de comportamento circadiano foi observado no exemplar marcado através da telemetria acústica, incluindo os rápidos mergulhos a grandes profundidades (969m) e temperatura de 4,3°C. No que se refere às distancias do ASPSP, aparentemente a albacora laje concentra-se nas suas proximidades à noite, para se alimentar do peixe voador (Cypselurus cyanopterus) na superfície, afastando-se provavelmente para águas mais profundas durante o dia. No período noturno foi possível observar a permanência de um exemplar de albacora laje (~85cm de CF) em um raio de cerca de 2mn do ASPSP por duas noites consecutivas. Espera-se que os resultados aqui apresentados contribuam para o desenvolvimento de uma pesca sustentável desse importante recurso pesqueiro, no entorno do ASPSP |