Debates em torno dos direitos e o julgamento de Adolf Eichmann, o Júri-Simulado como proposta de aprendizagem histórica: uma experiência na escola Souza Brandão

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: OLIVEIRA, Adriano Martins de
Orientador(a): SZLACHTA JÚNIOR, Arnaldo Martin
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação Profissional em Ensino de História em Rede Nacional (PROFHISTÓRIA)
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/54044
Resumo: Este trabalho parte da análise dos Direitos Humanos e o contexto que levou ao seu surgimento, uma vez que é produto de um processo histórico e social. Um dos fatores que levou à elaboração da Declaração Universal dos Direitos Humanos foi o extermínio em massa dos judeus, conhecido na historiografia como o holocausto, e de outras minorias como homossexuais, testemunhas de jeová e poloneses. Dessa forma, nossa proposta utiliza o caso de Adolf Eichmann (agente responsável pelo envio de judeus para os campos de concentração, na chamada Solução Final), cujo julgamento foi realizado pelos israelenses, para desenvolver um júri-simulado em uma turma do Ensino Médio da Escola Estadual Souza Brandão, a fim de sensibilizar os alunos acerca das imbricações do totalitarismo na vida dos judeus antes e durante a II Guerra Mundial, bem como debater de que forma essas questões se presentificam na contemporaneidade. Utilizamos como base metodológica as chamadas Metodologias Ativas (Braathen, 2012), em que o aluno é estimulado a ser participante direto na construção do conhecimento; as Aprendizagens Significativas (Ausebel, 2003), que preconiza a relação entre os novos conhecimentos e as estruturas cognitivas pré-existentes do indivíduo e a Aprendizagem Baseada em Problemas (Borochovicius; Tortella, 2014), que parte da premissa de estímulo através de problemas para que o aluno, através de situações motivadoras, seja capaz de se preparar para o mundo do trabalho. Concluímos que a experiência do júri simulado como recurso didático em sala de aula se mostrou válida, visto que diferentemente das aulas expositivas, os alunos participaram de forma mais ativa, ou seja, atuaram menos como meros espectadores e mais como sujeitos na construção do conhecimento histórico. Por fim, aprender sobre direitos na ótica das atrocidades cometidas pelos nazistas é importante para combater qualquer resquício de exclusão de minorias que, em muitos casos, se sustenta no viés nacionalista e de pureza de raça.