“Vadios, desprovidos e insolentes”? : a dinâmica socioeconômica das famílias livres e pobres no Cariri paraibano (1850-1880)
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Historia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/32737 |
Resumo: | Neste trabalho analisamos a dinâmica socioeconômica das famílias livres e pobres em meio ao processo de desagregação do trabalho escravo na Freguesia de Nossa Senhora da Conceição de Cabaceiras, na mesorregião do Cariri paraibano, na região Nordeste do Brasil. Discutimos as atuações de indivíduos pobres, mas não despossuídos, que dinamizavam a economia local com a força da mão de obra familiar. Nosso recorte temporal se estende de 1850 a 1880, período que abrange a promulgação da Lei de Terras, Lei Eusébio de Queirós e o primeiro Censo nacional. Analisamos os impactos destas normativas para a vida da população livre e as estratégias elaboradas por este segmento social em defesa de seus interesses. Durante este período (1850 a 1880) a agropecuária foi a principal atividade econômica da freguesia de Cabaceiras e constituiu-se como a principal ocupação profissional da população de livres e cativos, servindo como base para produção de subsistência, a mão de obra familiar esteve envolvida diretamente com os ditames da Lei de Terras. Para demonstrar que tal processo estava de acordo com as pretensões do projeto de lei, utilizamos da massa documental produzida naquele período, tal como Relatórios de presidentes de província, o Recenseamento de 1872, os Registros paroquiais de terras e inventários post mortem. Com base nessa documentação constatamos os mecanismos utilizados pela elite em meio ao declínio do escravismo que viabilizou a precarização da liberdade e da organização do trabalho livre. Também foi possível demonstrar às estratégias de enfrentamento utilizadas pela população livre e pobre diante da conjuntura que lhe foi imposta. |