Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2016 |
Autor(a) principal: |
MONTEIRO, Francisco Gleison da Costa |
Orientador(a): |
ROSAS, Suzana Cavani |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Historia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/18746
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Resumo: |
Esta tese tem como objetivo analisar as experiências e as sociabilidades dos homens livres pobres nos sertões piauienses. Trata-se de uma população fragmentada e complexa que foi se assentando no imenso território do Piauí no período compreendido entre 1850 e 1888, pois avaliamos que foi nesse ínterim que houve uma intensa mobilidade de pessoas que, sem terem residência fixa, na óptica das autoridades, começam a ser vigiadas e suspeitas de crimes exatamente por serem vadias, ociosas e por rejeitarem o trabalho regular. O mote é analisar o enredo articulado pelas autoridades do gabinete provincial, da polícia e do judiciário, que produziram uma série de estratégias para controlar os homens livres, inclusive, obrigando-os a fixarem residências e a se disciplinarem para o trabalho. Tais ações culminaram com o recrutamento militar daqueles que viviam da vadiagem e da prática de furtos; os artifícios enveredam também para a criação de uma Casa de Prisão com Trabalho, além de apenar o suposto delituoso também disciplinado pelo trabalho, pela moral e pela religião. Nessas relações avaliamos os conflitos, as resistências utilizadas pelos homens livres para rejeitar tais enquadramentos, pois, ao contrário dos discursos oficiais, eles estavam trabalhando, arando a terra e criando seus animais para si e seu grupo familiar e, às vezes, negociavam os excedentes. Embates incessantes podem ser averiguados no acesso e uso da terra e dos recursos naturais, nas fugas dos recrutamentos, das cadeias públicas e da necessidade de “provar” ser pessoa do “bem” para esquivar-se da vigilância avassaladora dos governantes. As fontes utilizadas para escrever essas histórias foram jornais, legislação – leis, decretos, portarias, etc. –, correspondências, relatórios, processos-crimes e cíveis, petições. |