Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2013 |
Autor(a) principal: |
SANTOS, Andréa Marques dos |
Orientador(a): |
SILVA, Giselia Alves Pontes da |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/12660
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Resumo: |
Avaliar a influência do ambiente familiar, mídia televisiva e profissionais de saúde nas escolhas alimentares maternas para seus filhos até 24 meses e o padrão alimentar dessas crianças. Foi realizado um estudo observacional com componente analítico, com dois grupos de mães, o grupo caso constituído por mães integrantes de famílias de baixo nível socioeconômico cadastradas na Unidade de Saúde da Família Carla Nogueira, pertencente ao VI distrito sanitário de Maceió-Alagoas e o grupo comparação constituído de mães que levaram seus filhos para atendimento de rotina em dois consultórios particulares de Pediatria da cidade de Maceió-Alagoas. Amostra foi do tipo intencional, tendo sido entrevistadas, no total 202 mães de crianças até 24 meses, sendo 103 mães pertencentes ao grupo caso e 99 mães pertencentes ao grupo comparação. As variáveis que caracterizaram a amostra foram: idade materna, ocupação materna, número de filhos nascidos vivos, convívio da mãe com o companheiro, chefe da família, escolaridade materna, escolaridade do chefe, renda familiar per capita por número de salários mínimos posteriormente distribuídos em quartis e cuidador da criança. Adicionalmente verificou-se o consumo alimentar das crianças, avaliado por um questionário de frequência alimentar qualitativo validado, o qual foi adaptado para a faixa etária de até 2 anos, tendo sido convertida em escores a mensuração do consumo para caracterização dos hábitos alimentares das crianças. Os resultados evidenciaram que, no grupo caso, as mães passam mais tempo assistindo à televisão ≥ 5 horas/dia e as famílias com mais frequência faziam as refeições em frente à televisão, enquanto no grupo comparação esse comportamento nunca aconteceu em 52,5% (p<0,01). Foi observado que, durante o pré-natal, a maioria das mães recebeu orientação dos profissionais de saúde sobre aleitamento materno. Entretanto, as mães do grupo comparação tiveram melhor apoio no processo de amamentação no pós-parto e orientação com relação à introdução de novos alimentos no dia a dia da criança. Com relação ao padrão alimentar, a mediana dos escores de consumo foi maior nas crianças do grupo caso, no tocante aos alimentos pertencentes ao grupo I- pães e cereais (p=0,05) e grupo VI - produtos industrializados (p<0,01), enquanto as crianças do grupo comparação tiveram os maiores escores de consumo no grupo II - frutas, legumes e verduras (p<0,01); seguido do grupo III - carnes, muídos e ovos (p<0,01) e grupo IV - leite e produtos lácteos (p<0,01). Essas evidências sugerem que a influência da mídia televisiva e a falta de apoio dos profissionais da saúde contribuem para as práticas alimentares inadequadas, independente do nível socioeconômico, motivos pelos quais crianças de até 24 meses já têm no seu cardápio produtos industrializados. |