Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2007 |
Autor(a) principal: |
Nascimento, Paula Carolina Barboni Dantas |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Biblioteca Digitais de Teses e Dissertações da USP
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/59/59137/tde-21092007-145239/
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Resumo: |
Entre os fatores ambientais associados à obesidade encontra-se a intensa veiculação de propagandas de alimentos pela televisão que, na maioria, possuem alto valor calórico e baixo valor nutricional. O hábito de assistir televisão pode aumentar o consumo desses alimentos, além de promover o sedentarismo. Assim, os objetivos do presente estudo foram investigar: 1) a quantidade e a qualidade dos alimentos veiculados pela televisão; 2) o conteúdo das propagandas de alimentos, incluindo os apelos emocionais e racionais e 3) os hábitos de compras das famílias e os hábitos alimentares de crianças e adolescentes. Para tanto, foram realizadas gravações das programações de redes de televisão de canal aberto, onde os produtos anunciados foram classificados em categorias previamente definidas. Posteriormente, foi aplicado o Questionário de Avaliação de Consumo, às famílias de 816 crianças e adolescentes, de ambos os sexos, matriculados em Escolas Estaduais e Municipais de Ensino Fundamental de Ribeirão Preto-SP. Os resultados indicaram que a categoria alimentos foi a mais anunciada, independente do dia e horário. A pirâmide formada a partir desses alimentos apresentou acentuada discrepância em relação à Pirâmide Alimentar Recomendada. Cerca de 82% das propagandas sugeriram o consumo imediato dos alimentos e em 78% os personagens os consumiram de forma explícita; 57% apresentavam desenho animado e/ou animação e 58% representavam alguma situação cotidiana. Satisfação, prazer e alegria foram os sentimentos mais explorados, juntamente com as idéias de diversão, identificação do consumidor e convencimento. Cerca de 24% dos alunos apresentou sobrepeso ou obesidade, não havendo diferença significativa entre meninos e meninas. Tratava-se de uma população de baixo nível sócio-econômico, uma vez que 50% dos pais e 47% das mães não haviam completado o ensino fundamental e 56,5% das famílias recebiam até 4 salários mínimos. Assistir mais de 2 horas de televisão por dia esteve associado ao aumento do IMC, somente entre os meninos. Propaganda foi um fator associado à tomada de decisão de compra de alimentos. A maioria dos alunos apresentou hábitos alimentares inadequados, com elevado consumo de gordura, açúcar e sal. Assim, ficou evidente que a televisão anuncia elevada freqüência de propagandas de alimentos, a maioria com baixo valor nutricional, associando o consumo do alimento a aspectos positivos e agradáveis. Tais fatores poderiam estar influenciando os hábitos alimentares de crianças e adolescentes, contribuindo para o aumento nos índices de obesidade. |