Dúvida e dívida melancólica: a modernidade barroca na poesia de Florbela Espanca

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2006
Autor(a) principal: dos Santos, Derivaldo
Orientador(a): de Holanda Barros, Lourival
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/7576
Resumo: Este trabalho focaliza a obra poética de Florbela Espanca, verificando como nela o sujeito se move sob a experiência da dúvida e da dívida melancólica. Na poesia de Florbela a melancolia pavimenta a dúvida do sujeito na encruzilhada do tudo e do nada, do sonho e da queda abissal. Confere ao autêntico o sentido do incerto e do inarticulado. No entanto, não é um abandono da certeza total, e sim o modo supremo de sua superação, na medida em que lança o sujeito no face a face do vivido e do indagado. Tendo como principais pontos de apoio autores como: Freud, Urania T. Peres, Marie-Claude Lambotte, Julia Kristeva, Kierkegaard, Nietzsche, Foucault, e Philippe Lejeune, este estudo verificou que a dúvida desempenha um papel decisivo na poética de Florbela Espanca, definindo a atitude básica do eu-lírico em face de suas próprias angústias e das muitas faces que o mundo comporta. No primado do incerto e da mutabilidade do ser, a poeta trouxe para dentro de sua poesia alguns procedimentos específicos do barroco histórico no que ele tem de nossa atualidade: vertigem, simulacro, decadência do ser no labirinto mundo da existência