Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
SILVA, Milena Cavalcanti |
Orientador(a): |
MORAES, Diego Astúa de |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Biologia Animal
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/56305
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Resumo: |
A ordem Didelphimorphia possui ampla diversidade de modos de locomoção, tamanho corporal e coloração da pelagem. Esta carece de estudos e explicações mais detalhadas sobre sua história evolutiva e função adaptativa. Os poucos estudos com este enfoque associam tonalidades de pelagem em Didelphidae a aspectos ambientais e filogenéticos e consideram os padrões de coloração mais uniformes como estados de caráter plesiomórficos em comparação aos padrões mais complexos. Utilizamos dados da literatura, uma filogenia recente da família e métodos filogenéticos comparativos (PCM) para reconstruir os estados ancestrais dos padrões de coloração do dorso, ventre, cauda, máscara ocular, listra médio-rostral e manchas supraoculares em Didelphidae a partir dos padrões das espécies viventes; testar a correlação entre os padrões de coloração e dados ecológicos (tipo de habitat, tipo de locomoção e padrão de atividade); e aplicar a medida D de sinal filogenético aos dados de coloração. Todas as análises foram feitas no software RStudio (versão 2022.7.2.576). A maioria dos padrões de coloração em Didelphidae evoluiu a partir de estados mais simples, no ancestral comum de todos os táxons da família, e estados mais complexos surgiram mais de uma vez e em diferentes momentos da história evolutiva do grupo. A reconstrução dos padrões de máscara ocular e coloração da cauda mostrou estados mais complexos no ancestral, que são também os mais comuns nas espécies viventes. Observamos fenótipos convergentes nos padrões de coloração dorsal em gêneros filogeneticamente mais distantes e padrões como a listra rostral e manchas supraoculares são restritos a poucos táxons. Os testes de correlação sugerem um modelo de evolução dependente entre os padrões de máscara ocular e listra rostral e o padrão de locomoção, bem como entre os padrões de coloração do dorso e do ventre e, na face, entre a máscara ocular e os padrões de listra rostral e mancha supraocular. Os padrões de coloração cefálicos e dorsal apresentaram forte agrupamento filogenético (medida D negativa). Consideramos a camuflagem por correspondência de fundo a principal explicação adaptativa para os padrões de coloração em Didelphimorphia, de modo similar ao demonstrado para outras ordens de mamíferos. Ademais, a análise comparativa da diversidade de padrões de coloração entre marsupiais didelfídeos e outros mamíferos contribui com hipóteses sobre possíveis vantagens adaptativas ou restrições filogenéticas de determinados padrões na natureza. |