Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Domingos, Ana Carolina Gomes |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://locus.ufv.br//handle/123456789/28039
|
Resumo: |
As análises anatômicas da cintura pélvica dos mamíferos são importantes para compreender os tipos de locomoção de cada espécie e a sua adaptação a diferentes habitats ao longo da evolução, além de servirem como ferramentas para estudos taxonômicos. Na primeira parte da dissertação, analisamos a relevância dos estudos anatômicos relacionados com o papel da cintura pélvica nos mamíferos, identificamos os principais músculos e características anatômicas associadas à locomoção em diferentes habitats e, consequentemente, na adaptação destes animais. Os estudos foram selecionados nas bases de dados PubMed/Medline, Scopus, e Web of Science, de acordo com o PRISMA e foram incluídos 31 estudos. A ordem dos primatas foi a mais estudada assim como o osso ílio, seguido pelo ísquio. As alterações evolutivas mais comuns ocorreram na tuberosidade isquiática e na eminência iliopúbica, importantes para trotar, escalar ou saltar. Em geral, estes acidentes estão associados à musculatura. No entanto, a maioria dos estudos não mencionou esta associação. Além disso, a falta de informação sobre o próprio animal, como localidade, sexo e idade, são pontos cegos metodológicos. Poucos estudos realizaram análises filogenéticas com caracteres anatômicos da cintura pélvica. No entanto, os estudos que forneceram informações sobre ossos, músculos e biomecânica, foram os mais abrangentes para a compreensão da adaptação e evolução das espécies. Na segunda parte da dissertação, caracterizamos a anatomia pélvica de três espécies de Monodelphis (Microdelphys) e investigamos a presença de dimorfismo sexual, variação ontogenética e caracteres de diferenciação interespecífica por meio da morfometria linear e análises osteológicas. A pélvis dos animais tem a porção caudal do ísquio reta, extremidade anterior do ílio dorsolateralmente curvada, forame obturador oval, fossa acetabular arredondada e as fossas glútea e ilíaca com tamanhos semelhantes. Em Monodelphis americana as classes etárias se diferenciam no tamanho da cintura pélvica e proeminência de acidentes ósseos. Já machos e fêmeas adultos velhos se diferenciam no tamanho e forma da pélvis e ossos epipúbicos. Em Monodelphis scalops, os machos e fêmeas adultos se diferenciam apenas nas medidas da cintura pélvica. Por fim, em Monodelphis iheringi não há dimorfismo sexual na cintura pélvica. Este trabalho pode ser usado como ferramenta taxonômica para Monodelphis (Microdelphys) assim como, para orientar pesquisas futuras sobre a cintura pélvica de mamíferos. Palavras-chave: Mamíferos. Marsupiais. Morfometria. Pélvis. Variação Anatômica. |