A reinvenção da periferia no discurso das experiências populares em audiovisual
Ano de defesa: | 2013 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
UFPE Brasil Programa de Pos Graduacao em Sociologia |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/17104 |
Resumo: | O significante periferia, originário do grego perí (em torno) e pherein (levar), tem passado por importantes redefinições. Utilizado convencionalmente para designar espaços que se encontram afastados de um determinado centro (econômico, social, cultural etc.), ele habita o imaginário coletivo e urbano como os locais delimitados geograficamente pela pobreza, pela falta e pela violência. Já na teoria sociológica, a periferia adquiriu contornos mais amplos para representar os países que continuaram “à margem” do modelo hegemônico de modernidade e de desenvolvimento econômico. Acompanhando o questionamento epistemológico direcionado ao pensamento dicotômico ocidental (West/Rest, centro/periferia, dentro/fora, norte/sul etc.), engendrado pelos Estudos Pós-coloniais, realizadores audiovisuais brasileiros passaram a articular um discurso de reinvenção da periferia, que transcende a sua dimensão geográfica e socioeconômica. Passaram a representá-la como um conceito não binário, que envolve diferenças culturais, geracionais, étnico-raciais, de orientação sexual, de classe, entre outras. Inserido nesse contexto, este trabalho aborda o processo de articulação discursiva dessas diferenças em torno do projeto político-cultural de reinvenção da periferia. Partindo da experiência do Festival Audiovisual Visões Periféricas, realizado desde 2007 na cidade do Rio de Janeiro, o objetivo da pesquisa foi compreender a produção de novos sentidos e discursos atribuídos a esse conceito: a periferia plural, imprecisa, ambígua, em movimento, onde os jovens emergem como os “porta-vozes” de uma vontade coletiva. Nas análises, utilizamos uma orientação teórico-metodológica que envolve a Teoria do Discurso e os Estudos Pós-coloniais. Investigando os discursos em circulação no Festival, a partir das suas dimensões política, social e fantasmática, a proposta foi compreender como são articuladas as diferentes demandas em torno desse equivalente comum no qual se transformou a periferia. |