Função endotelial, rigidez arterial, variabilidade da frequência cardíaca de adultos com doenças cardiovasculares hospitalizados pela COVID-19

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: ARAÚJO, Cláudia Regina da Silva
Orientador(a): BRANDÃO, Daniella Cunha
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pos Graduacao em Fisioterapia
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/48659
Resumo: A COVID-19 é uma doença sistêmica caracterizada por estado pró-inflamatório, pró-oxidativo, pró -trombótico, excesso de citocinas circulantes, desregulação do sistema renina-angiotensina, disfunção autonômica e lesões teciduais, podendo causar alterações na função endotelial, na estrutura vascular e exacerbação de doenças cardiovasculares prévias. Assim, pacientes com fatores de risco cardiovasculares subjacentes estão propensos à maior gravidade da doença e pior prognóstico. O objetivo desse estudo é avaliar a função endotelial, rigidez arterial e variabilidade da frequência cardíaca (VFC) de adultos com DCV hospitalizados pela COVID-19. Estudo transversal realizado de julho de 2020 a fevereiro de 2021 no Hospital Agamenon Magalhães, Pernambuco, Brasil. Foi selecionada uma amostra por conveniência de adultos de ambos os sexos, com 40 a 60 anos, hospitalizados com COVID-19 e DCV prévia. Foram analisados dados pessoais, comorbidades, exames laboratoriais admissionais, além dos desfechos clínicos e possíveis complicações clínicas durante o internamento hospitalar. A função endotelial, rigidez arterial e VFC foram avaliadas, através da tonometria arterial periférica. A amostra foi categorizada de acordo com a disfunção endotelial e a significância estatística foi fixada em 5%. Quatorze dos vinte (51,8%) e sete adultos incluídos apresentavam disfunção endotelial (mediana do logaritmo natural do índice de hiperemia reativa de 0,29, intervalo interquartil entre 0,06 e 0,42). O índice de aumento normalizado para a frequência cardíaca (75 batimentos por minuto) foi significativamente alto em pacientes com função endotelial preservada (p<0,01), sugerindo uma alta taxa de rigidez arterial. Pacientes com disfunção endotelial apresentaram maiores valores de alta frequência (p<0,03) de VFC. Este estudo evidencia que a função endotelial avaliada pelo PAT parece ser um importante marcador de disfunção endotelial, rigidez arterial e VHF em pacientes com DCV hospitalizados pelo COVID-19.