A escola para crianças da rede pública de ensino: um estudo de representações sociais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: BARRA NOVA, Taynah de Brito
Orientador(a): MACHADO, Laêda Bezerra
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Pernambuco
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/4079
Resumo: O presente estudo analisou as representações sociais de escola das crianças matriculadas na rede pública de ensino da cidade do Recife-PE. A Teoria das Representações Sociais, na proposição original de Serge Moscovici e Jodelet, serviu como referencial teórico metodológico. Participaram da pesquisa 60 estudantes do 1º ciclo de aprendizagem de 12 escolas municipais das diversas RPAs. Para compreender essas representações utilizamos como procedimentos de coleta: a entrevista semi-estruturada e o desenho. A Análise de Conteúdo (Bardin, 2004) guiou a interpretação dos dados. Os resultados revelaram que a escola, nas representações sociais das crianças, é uma instituição supervalorizada, promessa de melhoria da qualidade de vida. Nessa representação a escola está objetivada como um portal, por meio do qual se alcança um futuro promissor. Para as crianças a escola está ancorada como espaço que lhes confere os conhecimentos e habilidades demandadas pelo mercado de trabalho e, como consequência, constitui-se como possibilidade de superação das adversidades e fonte de reconhecimento social. Os resultados do estudo sinalizam pistas para as práticas e políticas educacionais. No âmbito das práticas pedagógicas sugere a necessidade de se enxergar, sob outras perspectivas, as crianças que frequentam essa escola pública, isto é, mobilizar os professores, sobretudo através de processos de formação continuada, a fim de conhecerem mais o aluno que a frequenta e os significados positivos que atribui a instituição escolar. As crianças depositam grande esperança no poder de superação de sua condição de classe a partir da escola. Essa representação não pode ser desconsiderada, e sugere um novo olhar sob o sujeito que aprende. Por outro lado, propõe o desafio às políticas públicas da oferta de uma escola de qualidade. Entendemos que o Brasil acumulou um atraso de mais de 100 anos até admitir que a escola pública não deveria ser para poucos, mas para todos. Hoje, apesar do acesso à escola ser favorecido, as desigualdades permanecem presentes. No nosso estudo fica evidente que as crianças reconhecem as dificuldades de infraestrutura, materiais de apoio e de outras oportunidades educativas diferenciadas. O efetivo direito à educação passa, portanto, por essas garantias, ainda, para se conquistar