Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
SILVA, Cleiton Ferreira da |
Orientador(a): |
BITOUN, Jan |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Geografia
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/27555
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Resumo: |
O presente trabalho analisa a base social e a atuação de um movimento sem-teto, o Movimento de Luta nos Bairros, Vilas e Favelas (MLB), em seus núcleos de ocupação e núcleos que se tornaram conjuntos habitacionais, localizados nas cidades do Recife e Jaboatão dos Guararapes. Através do acompanhamento sistemático das ações do movimento junto ao Estado e, em especial às famílias, pretendemos reacender o debate nas Ciências Humanas em torno das classes sociais, analisando, sobretudo, o aspecto social das famílias, num período de mudanças profundas no campo do trabalho, com a emergência da era Pós-Fordista, onde a cidade torna-se o lócus privilegiado da produção e reprodução da força de trabalho, amparado pelo poder público local em consonância com o capital rentista, especulativo e latifundiário. A conjuntura interna (nos últimos anos) do aumento do consumo e da renda tem provocado a discussão, sobre a ascensão de uma "nova classe média", ao mesmo tempo em que várias críticas são tecidas em torno da ascensão desta classe quando se leva em consideração o aspecto econômico, ou ainda, quando a classifica, utilizando o substrato único da posição no sistema produtivo. Diante deste debate e das mudanças provocadas no campo do trabalho e da economia, colocamos em evidência neste estudo, a possibilidade de conhecer estes "novos" sujeitos coletivos precarizados, analisando não apenas o aspecto objetivo (renda, escolaridade, ocupação), mas em confluência a outros mecanismos de análise: o estilo de vida, a forma de socialização que singulariza a classe, os mecanismos de uso do espaço pelos indivíduos e a dimensão subjetiva (emoção, ideias, crenças, paixões). Nesta amplitude de critérios e dos mecanismos de atuação do MLB na intermediação junto ao Estado, é fundante imaginar numa ação classista do movimento juntamente com as famílias num espaço urbano cada dia mais desigual. Para isso, este trabalho traçou o perfil das famílias e do movimento que as "organizam", por meio do levantamento de campo e tratamento dos dados quantitativos e qualitativos, analisando a base social deste agrupamento que aqui denominamos de Mobilizadores Precários, exprimindo estratégias de transformação socioespacial, além de tematizarmos os seus respectivos limites e perspectivas. |