Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
TRINDADE, Diego Pires Ferraz da |
Orientador(a): |
TABARELLI, Marcelo |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Pernambuco
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Pos Graduacao em Biologia Vegetal
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.ufpe.br/handle/123456789/38484
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Resumo: |
Este estudo teve como objetivo avaliar como se dá a montagem da comunidade de plantas em sucessão secundária na Caatinga, através do conceito do conjunto de espécies, traços funcionais e diferentes fases ontogenéticas das plantas (e.g. sementes, plântulas e adultos). Para isso, foram construídos diferentes conjuntos de espécies de plantas lenhosas, sendo estes: (1) conjunto regional: composto por espécies no estágio adulto presentes em áreas de floresta madura (n=20), no entorno das áreas em sucessão secundária; (2) conjunto local: composto por espécies no estágio adulto presentes em áreas em sucessão secundária (n=15); (3) conjunto de propágulos: composto por sementes coletadas no banco e na chuva de sementes, dentro das áreas em sucessão secundária; e (4) conjunto de plântulas: composto por indivíduos coletados no banco de plântulas, nas áreas em sucessão secundária. Com o uso de modelos nulos foi observado como a diversidade funcional e o padrão de divergência e/ou convergência dos traços funcionais variou na passagem entre os conjuntos. Além disso, foi avaliado como o valor médio dos atributos variou durante essa passagem, a fim de inferir a respeito de que tipo de limitação exerce maior influência nesse processo de montagem (e.g. limitação de dispersão, recrutamento/estabelecimento). Os resultados demonstram que uma alta porcentagem de espécies conseguiu colonizar e se estabelecer no conjunto local (70%), assim como continuam colonizando e recrutando (50-45%, respectivamente). Apesar disso, houve evidência da existência de um filtro ambiental para a maioria dos traços avaliados, ao qual foi denominado como um “filtro ambiental secundário”, pois grande parte das espécies conseguiu superá-lo e houve pouca variação na média dos atributos. O valor médio dos atributos demonstrou que a limitação na dispersão e no recrutamento possui uma importância relativa maior do que a limitação no estabelecimento nesse processo. A limitação na dispersão foi uma força importante na passagem das espécies da região para o conjunto local, pois somente espécies com alta capacidade dispersiva conseguiram colonizar esse ambiente. Por outro lado, atualmente, a limitação de recrutamento é uma força importante para o conjunto de plântulas, restringindo a germinação ou persistência de espécies com sementes pequenas e com alta densidade da madeira. Esses resultados demonstram que a sucessão secundária na Caatinga não é mediada por fatores randômicos, ou seja, as espécies no conjunto local não são um subgrupo das espécies mais abundantes regionalmente. Além disso, espécies com maior capacidade de dispersão, maior massa da semente e menor densidade da madeira conseguem colonizar e recrutar nas áreas em sucessão de maneira mais efetiva do que as demais. |